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A reeleição de Theodorico

O Cordel do Severino da semana relata como foi a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa


Vitor Vogas Colunas

No início do processo ele dizia


Não querer ser de novo candidato


Mas, na última segunda, quem diria


Sua reeleição tornou-se um fato



O ainda presidente da Assembleia


Absolutamente nada tem de bobo


Se os deputados formam uma alcateia


Ele é, na certa, o líder dos lobos



Na política local é uma raposa


Esbanja esperteza e destreza


O que diz quer dizer sempre outra coisa


E assim se manteve à frente da Mesa



Ele, que em Cachoeiro é lenda,


Não podia disputar nova eleição


Mas seus pares lhe ofereceram emenda


Que altera a nossa Constituição



Então, pensou: “Eu vou por essa fenda!”


E passou a “aceitar essa missão”


Desde que não houvesse uma contenda


E que fosse o “candidato da união”



E claro, se houvesse o aval


A “fumacinha branca” do Palácio


Depois que de lá veio o sinal


A nova eleição tornou-se fácil



Guerino Zanon ainda o ameaçou


Assim como tentou o Da Vitória


Mas mal o ensaio deste começou


Já sobreveio o fim da trajetória



Agora, por mais um par de anos,


É ele quem da Casa tem a chave


Segue no comando, soberano,


Com seu estilo não dos mais suaves



Respeito dos pares não lhe falta


Dos servidores tem apoio largo


Por isso volta a gerir a pauta,


O cofre e a partilha dos cargos



Dizendo-se um grande pão-duro


Sua meta é “aumentar a pão-duragem”


“Nunca gastei um centavo, juro,


Com flores, com lanchinhos e viagens”



Este, enfim o identifico,


Mas não sei por que mistério faço


Quem é que não conhece Theodorico,


O cacique do sul e dos Ferraços?

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