Eduardo Fachetti

Editor de Política

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A primeira promessa de PH começa a sair do papel

O projeto de lei com as diretrizes da reformulação do ensino médio já está nas mãos da Assembleia Legislativa e deve ser votado em regime de urgência


Citada em quase todos os programas eleitorais do governador Paulo Hartung no ano passado, a Escola Viva – aquela “que faz brilhar os olhos do aluno” – enfim, vai sair do plano das ideias. O projeto de lei com as diretrizes da reformulação do ensino médio já está nas mãos da Assembleia Legislativa e deve ser votado em regime de urgência. Na prática, significa o primeiro passo concreto deste governo, em uma ação que nada tem a ver com a herança recebida pela gestão de Renato Casagrande.



Escola Viva

A concepção dessa nova escola tem ocupado quase todo o tempo do secretário de Educação, Haroldo Corrêa Rocha. Reuniões com consultores e pedagogos têm acontecido diuturnamente e sem previsão de término. Não é por menos: o aliado de longa data de PH tem nas mãos o projeto que é considerado a “menina dos olhos” do governador.



A meta do governo é implantar a Escola Viva em 5 unidades da Grande Vitória no segundo semestre deste ano. As primeiras escolas, garante Haroldo, ainda não foram escolhidas, mas a ordem da cúpula palaciana é para que estejam em áreas com altos índices de violência.



“Todas as estatísticas de violência nos indicam vítimas jovens e autores também jovens. Queremos que a Escola Viva também contribua para a queda da violência. Todo aluno que entrar nessa escola tem que ter sucesso. Esse será um desafio”, pontua o secretário.



Na comparação com o atual modelo, a nova roupagem educacional terá o dobro da carga horária. Em três anos, os alunos terão aulas por 5,4 mil horas. A grade curricular também será ampliada.



“No modelo atual são 13 disciplinas. A Escola Viva terá todas as matérias obrigatórias, aulas sobre projeto de vida, cidadania, direitos humanos... e no terceiro ano os alunos terão aulas específicas para o Enem. O aluno que quiser ir direto para o mercado de trabalho terá uma orientação diferenciada”, conta Haroldo.



Segundo definiu o governo, só trabalharão na Escola Viva professores efetivos. Diretores serão escolhidos por processo seletivo e será exigida dedicação exclusiva de toda a equipe. Os salários desses profissionais também serão diferenciados na comparação com outras escolas.



Na teoria, os pilares da Escola Viva parecem bem fincados e têm tudo para significar um salto na qualidade da educação. Na prática, o governo terá que lidar com a adaptação dos alunos a esta nova realidade e demonstrar disposição para ampliar o modelo com celeridade. Afinal, administrar uma Escola Viva e uma “Escola Morta” não parece boa ideia.

 

Cena Política

 

Em recente seminário em Nova Venécia, promovido pelo deputado estadual Padre Honório, a plateia aguardava com certo frenesi a chegada do governador Paulo Hartung, que seria um dos palestrantes. Quando anunciaram que o helicóptero oficial havia pousado, da plateia um rapaz, um tanto empolgado, disparou: “Ele (Hartung) fala tanto em cortar gastos, economiza até na gasolina, mas vem pra cá de helicóptero. Nisso não economiza, né?”. O silêncio tomou conta do lugar, e ainda em clima de saia-justa, auxiliares do evento pediram ao convidado que contivesse o ânimo.

 

A indústria e o legislativo


Uma comissão da CNI desembarcou ontem no Estado para iniciar a implantação de um software de monitoramento de projetos de lei. O Legisdata, como é chamado, já é executado em Brasília, e é por meio dele que a entidade industrial monitora a produção do Congresso. A intenção é fazer o mesmo por aqui, com a Assembleia Legislativa.

Leis capixabas 

 

A ideia é fazer com que a Federação das Indústrias do Estado se aproxime do que é produzido pelos deputados estaduais e passe a acompanhar matérias que interessam ao setor.

Espaços em Brasília


Os neodeputados federais Sérgio Vidigal e Max Filho ganharam assento na Comissão de Educação da Câmara Federal. Já Marcus Vicente ocupará posto efetivo nas comissões de Minas e Energia, de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

Equilíbrio 

 

Na entrega da estação de bombeamento do Canal Guaranhuns, ontem, em Vila Velha, o governador Paulo Hartung defendeu tratamento diferenciado às cidades que passam por aperto financeiro. “Não podemos tratar igual os desiguais. O papel do governo é fazer justiça e equilibrar o jogo”, discursou.

Fora do ar


A respeito de nota publicada ontem, a Secretaria de Governo explica que a contratação do serviço de TV a cabo e internet banda larga atenderá a 5 secretarias, além da Residência Oficial da Praia da Costa e do Palácio Anchieta, por um valor abaixo do preço de mercado.

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