O antigo prédio da Assembleia Legislativa do Estado foi restaurado e reformado para ser um espaço para atividades culturais: o Palácio Cultural Sônia Cabral
Um palacete que já abrigou a Assembleia Legislativa do Estado agora será a casa da música produzida em solo capixaba. Com um auditório 220 lugares e salas para espetáculos ligados à música e às artes cênicas, o Palácio da Cultura Sônia Cabral é o mais novo equipamento cultural inaugurado no Centro, em Vitória, ao lado do Palácio Anchieta.
Inicialmente pensado para ser a casa da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses), o prédio e suas limitações espaciais impossibilitaram a instalação da orquestra, segundo o diretor do centro cultural, Renan Andrade.
“O palco não tem capacidade de acondicionar a orquestra toda, então a ideia é trabalhar em parceria e abrir o espaço para toda a diversidade da produção musical do Estado”, explica o diretor.
Assim, resta à orquestra esperar a entrega do Cais das Artes, que será sua futura sede, que deve ter as obras reiniciadas no início do ano que vem. A nova expectativa é de que serão necessários mais dois anos para finalizá-la.
O nome é uma homenagem à pianista Sônia Cabral, que fundou a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, hoje Orquestra Sinfônica. A pianista, falecida em março deste ano, também foi diretora da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames) e contribuiu para o desenvolvimento da cultura e – principalmente – da música no Estado.
O restauro e a reforma – que conferiram ares modernos, mas mantiveram a essência – foram feitos em parceria com o Instituto Sincades. O espaço será aberto às apresentações e manifestações culturais locais.
“Em setembro vai ser divulgada uma resolução normativa que dá as diretrizes de utilização. Similar ao que acontece com o Teatro Carlos Gomes hoje, com foco na produção local e com acesso democrático e meritocrático”, garante Renan.
Uma série de testes acústicos está sendo realizada no centro cultural – a última, ontem à noite, contou com a banda Brasileiríssimos grupo de música popular brasileira, da Fames. “Já foram feitos eventos para os trabalhadores que participaram da obra e outro para os ex-deputados. É um novo espaço para a produção local”, confirma Andrade.