Gabriel Tebaldi

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Solidão acompanhada

Confira a coluna Outro Olhar deste sábado, 26 de novembro


Contra tudo e todos que não sejam a favor de nós: esse é Sérgio Majeski na Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Intelectual convicto e inabalável, o deputado chegou independente ao poder e é um dos poucos orgulhos políticos do país, simbolizando um fenômeno de forte potencial transformador.

Com a campanha mais barata de 2014, Majeski elegeu-se como fruto de mais de 20 anos de sala de aula, organizou processo seletivo para seus assessores e tratou o recurso público com dignidade. Em 18 meses, foram mais de R$ 700 mil economizados, sendo 77% em gastos de gabinete.

Com apenas dez assessores (dos 18 permitidos), Majeski visitou 173 escolas no Estado, apresentou 56 projetos legislativos, realizou 20 audiências públicas, protocolou 204 indicações e moveu 80 requerimentos de informação. Mais do que números, o deputado protagoniza uma voz de profundo conhecimento, sendo árduo defensor da sociedade.

Em tempos de uma assembleia adestrada pelo Executivo, nosso professor alega que o legislativo virou “a copa e cozinha” do Palácio Anchieta. Revolta ver como deputados aliados a Hartung aprovam, em caráter de urgência, projetos que sequer conhecem e que claramente não interessam à população.

Antes só do que mal acompanhado, Majeski desbanca com facilidade a oratória e os argumentos risíveis dos fantoches palacianos, que se recolhem ao silêncio ou à vulgarização diante de uma força solitária.

Filiado ao PSDB, Sérgio não poupa críticas ao partido e com transparência conquistou o que poucos alcançam: o respeito, apoio e a confiança da população. Já foi dito que sua independência o levaria à irrelevância na Casa, porém, o que se vê é que Majeski atraiu o olhar admirado do capixaba, escancarando a sujeira oculta dos bastidores e a submissão da Ales ao governo de PH. Nasceu, assim, a “solidão acompanhada”, aquela em que se vive distante do joio e ao lado do povo.

Basta, pois, vontade política e mãos limpas para se fazer diferente. Em tempos de tanta desilusão, Majeski é o símbolo de um povo cansado dos jogos de poder e que exige, para ontem, decência e trabalho sério.

Gabriel Tebaldi é graduado em História pela Ufes

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