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Lázaro Ramos reencontra origens em nova temporada de 'Mister Brau'

Lázaro Ramos reencontra origens em nova temporada de "Mister Brau"

Temporada que estreia no fim do mês teve episódios gravados em Angola

Publicado em 4 de abril de 2018 às 13:48

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Taís Araújo e Lázaro Ramos durante apresentação de "Mister Brau", na Globo. (Mauricio Fidalgo/Globo)

Os fãs de “Mister Brau” podem ficar tranquilos – apesar de na nova temporada, que estreia no fim do mês, o protagonista buscar suas origens em Angola, na África, onde foram gravados alguns episódios, Brau se manterá da mesma forma como se consagrou desde a primeira vez que apareceu na telinha.

“Fico muito feliz em saber que hoje em dia não sou uma pessoa isolada que representa isso”, garante o ator Lázaro Ramos, em entrevista ao C2, se referindo à representatividade que o seriado criado por ele gerou.

Representatividade, inclusive, é a palavra da vez em “Mister Brau”. Em 2018, a série, além do racismo, vai mergulhar de cabeça em questões como feminismo, crise de refugiados e até na operação Lava Jato; tudo com aquela pegada de humor a que o público já está acostumado. A ideia de Lázaro é fazer uso do humor para abordar questões sociais.

“O Brau está em busca das suas origens e o assunto dessa nova temporada é essa. Ele sempre se relacionou com a cultura africana, que também é a origem inspiracional dos personagens”, garante Lázaro. “’Mister Brau’ sempre teve a África como grande inspiração, seja na maneira com que eles se vestem, seja na mistura musical que eles fazem, seja no orgulho da origem afro-brasileira que eles têm. Ir para a África é uma maneira de buscar as origens deles”, completa.

CRESCIMENTO

Lázaro aproveitou a experiência na África para um crescimento pessoal e compara a situação da vulnerabilidade social do Brasil com a de lá.

“A gente rodou por vários lugares de Angola. Quando a gente chega a uma favela daqui, a gente vê tanta gente desassistida, com tantas faltas, que faz com que a gente fique também muito reflexivo, buscando respostas de como lidar com essa situação. Foi um impacto que nunca mais vou esquecer na minha vida. Tanto pelas faltas, quanto por aquilo que tem de valores e semelhanças”, explica.

O ator revela que o grande desafio de um programa com temporadas anuais é a obrigação de sempre inovar. “Nós queremos que tenha uma certa agilidade, precisa a cada ano surpreender o público e este ano (a série) está com várias situações inéditas, incluindo a entrada de novos atores que trouxeram um frescor”. A nova temporada, segundo Lázaro, reinventará os personagens “para as próprias vidas ou para reconquistar o que perderam”, filosofa o ator.

CARINHO

Antes de chegar à África, Lázaro já sabia que o povo angolano tinha um carinho especial por ele – um canal local passou a série durante um domingo inteiro..

“Mas estar lá foi muito gigante. Da outra vez que tinha ido, tinha sido um carinho enorme, por conta do Foguinho (da novela “Cobras & Lagartos”). Dessa vez, a cada rua, a cada lugar que a gente chegava, se concentrava uma multidão de pessoas”, esclarece. “Registramos tudo porque se fosse só contado, as pessoas não teriam noção do que foi”.

Lázaro lembra os momentos mais marcantes de sua viagem, aqueles que o colocaram em contato com emoções nunca antes vividas, como o Museu da Escravatura. “(...) ver o lugar em que rebatizavam as pessoas, tirando seus nomes africanos e colocando outro nome para que, ao virar escravo, ele ficasse subjugado. Isso é muito forte. Muito impactante. Ver a quantidade de pessoas desassistidas, mas que estavam ali oferecendo o seu melhor afeto. Foi muito impactante pra mim. Me vi muito ali”, conta o ator, que teve uma recepção inesquecível da classe artística de Angola.

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“Foi lindo! Pérola, Iuri da Cunha, Cabo, Titica, Fabio Dance, DJ Falcão, MC Capa... Todos de estilos diferentes, juntos para fazer um show pro povo junto com a gente”.

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