Um bebê de apenas dois meses de idade foi jogado pela mãe, de 29 anos, do segundo andar de uma casa no bairro Campo Grande, em Cariacica. A criança caiu em cima do telhado de um vizinho, no primeiro andar, no final da madrugada desta terça-feira (2). O pai, de 35 anos, ainda tentou resgatar o filho, mas o telhado quebrou e os dois caíram.
De acordo com os policiais militares que atenderam a ocorrência, o pai contou que a esposa sofre de transtorno bipolar e quebrou a janela, jogando a criança em um momento de surto. O bebê, que completa três meses no próximo domingo (7), foi levado pelos Bombeiros ao Hospital Infantil de Vitória, onde segue internado.
O vizinho contou aos policiais que atenderam a ocorrência que acordou muito assustado com o barulho, antes de avistar pai e criança caídos dentro da sua casa. A mãe fugiu do local após jogar o filho, mas foi localizada por uma viatura da PM próximo à praça de Campo Grande.
Após ser encontrada, a mulher de 29 anos foi encaminhada escoltada ao Hospital Estadual de Atenção Clínica (Heac), o antigo Adauto Botelho, também em Cariacica. Na ocorrência, os PMs disseram que ela se encontrava em surto, não falava coisa com coisa e estava muito agressiva.
O pai da criança foi socorrido pelo Samu para o Hospital São Lucas, pois, após cair do telhado, estava sentindo dores. Os policiais militares registraram a ocorrência na 4ª Delegacia Regional de Cariacica.
Com informações de Daniela Carla, da TV Gazeta
NESTA SEGUNDA, PAI SUSPEITO DE AGREDIR RECÉM-NASCIDO FOI PRESO
A prisão em flagrante do pai
foi convertida em prisão preventiva durante audiência de custódia que aconteceu nesta segunda-feira (1º).
Na decisão, o juiz que julgou o caso explica que a dinâmica do crime é suficiente para oferecer evidências da periculosidade do suspeito e, por isso, a prisão preventiva foi decretada.
O homem é suspeito de bater no bebê, que tem 27 dias e está internado em estado grave com traumatismo craniano no Hospital Infantil, em Vitória. Ele negou a violência e disse que o filho mais velho, que é autista, teria jogado o irmão no chão.
Vizinhos e parentes confirmaram a versão do pai e ressaltaram que a família, que mora em Cariacica, vive em uma situação de vulnerabilidade social. Esta foi a terceira vez que o bebê deu entrada na mesma unidade, com machucados pelo corpo, sempre acompanhado pelo pai e socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel (Samu).
O homem foi transferido para o Centro de Triagem de Viana.
CONSELHO TUTELAR
O irmão do recém-nascido também está sob a guarda do Conselho Tutelar de Cariacica. De acordo com o pai, que teve a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (1), o menino de 5 anos é autista e teria jogado o irmão recém-nascido no chão.
Segundo uma agente do Conselho Tutelar, em entrevista à TV Gazeta, a criança de 5 anos teria sido levada, inicialmente, para a casa de uma tia. Fomos até a residência para ver se algum familiar poderia acompanhar o bebê no hospital. Chegando lá, vimos que a criança estava em uma situação de risco, por isso o levamos para a casa de uma tia, explicou.
Ainda segundo a agente, a mãe do menino tentou recuperar a criança, e por isso o Conselho precisou intervir. A mãe foi na casa da tia da criança, houve um conflito e ela tentou levar a criança de volta para casa, para o risco. Aí o Conselho precisou acolher essa criança institucionalmente, concluiu.
A criança segue acolhida e o caso será acompanhado de perto pelo Conselho Tutelar de Cariacica. Assim que o bebê tiver alta, o Conselho irá analisar se o recém-nascido será entregue aos familiares ou se também será acolhido institucionalmente.
Sobre a versão apresentada pelo pai das crianças, que alega ter sido o filho, de 5 anos, quem agrediu o bebê, a agente não descarta a possibilidade. Ainda não há certeza se foi a criança quem agrediu o bebê, mas por se tratar de uma criança autista, forte, pode ter acontecido, afirmou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta