> >
Mãe surta, joga bebê de janela e pai se fere ao tentar salvar filho no ES

Mãe surta, joga bebê de janela e pai se fere ao tentar salvar filho no ES

A criança caiu no telhado do vizinho. O pai, de 35 anos, ainda tentou resgatar o filho, mas o a estrutura quebrou e os dois caíram

Publicado em 2 de outubro de 2018 às 10:14

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura

Um bebê de apenas dois meses de idade foi jogado pela mãe, de 29 anos, do segundo andar de uma casa no bairro Campo Grande, em Cariacica. A criança caiu em cima do telhado de um vizinho, no primeiro andar, no final da madrugada desta terça-feira (2). O pai, de 35 anos, ainda tentou resgatar o filho, mas o telhado quebrou e os dois caíram.

De acordo com os policiais militares que atenderam a ocorrência, o pai contou que a esposa sofre de transtorno bipolar e quebrou a janela, jogando a criança em um momento de surto. O bebê, que completa três meses no próximo domingo (7), foi levado pelos Bombeiros ao Hospital Infantil de Vitória, onde segue internado.

O vizinho contou aos policiais que atenderam a ocorrência que acordou muito assustado com o barulho, antes de avistar pai e criança caídos dentro da sua casa. A mãe fugiu do local após jogar o filho, mas foi localizada por uma viatura da PM próximo à praça de Campo Grande.

Após ser encontrada, a mulher de 29 anos foi encaminhada escoltada ao Hospital Estadual de Atenção Clínica (Heac), o antigo Adauto Botelho, também em Cariacica. Na ocorrência, os PMs disseram que ela “se encontrava em surto, não falava coisa com coisa e estava muito agressiva”.

O pai da criança foi socorrido pelo Samu para o Hospital São Lucas, pois, após cair do telhado, estava sentindo dores. Os policiais militares registraram a ocorrência na 4ª Delegacia Regional de Cariacica.

Com informações de Daniela Carla, da TV Gazeta 

NESTA SEGUNDA, PAI SUSPEITO DE AGREDIR RECÉM-NASCIDO FOI PRESO

Bebê está internado em estado grave no Hospital Infantil de Vitória. (Caíque Verli)

A prisão em flagrante do pai

foi convertida em prisão preventiva durante audiência de custódia que aconteceu nesta segunda-feira (1º). 

Na decisão, o juiz que julgou o caso explica que a dinâmica do crime é suficiente para oferecer evidências da periculosidade do suspeito e, por isso, a prisão preventiva foi decretada.

O homem é suspeito de bater no bebê, que tem 27 dias e está internado em estado grave com traumatismo craniano no Hospital Infantil, em Vitória. Ele negou a violência e disse que o filho mais velho, que é autista, teria jogado o irmão no chão.

Vizinhos e parentes confirmaram a versão do pai e ressaltaram que a família, que mora em Cariacica, vive em uma situação de vulnerabilidade social. Esta foi a terceira vez que o bebê deu entrada na mesma unidade, com machucados pelo corpo, sempre acompanhado pelo pai e socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel (Samu).

O homem foi transferido para o Centro de Triagem de Viana.

CONSELHO TUTELAR

O irmão do recém-nascido também está sob a guarda do Conselho Tutelar de Cariacica. De acordo com o pai, que teve a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (1), o menino de 5 anos é autista e teria jogado o irmão recém-nascido no chão.

Segundo uma agente do Conselho Tutelar, em entrevista à TV Gazeta, a criança de 5 anos teria sido levada, inicialmente, para a casa de uma tia. “Fomos até a residência para ver se algum familiar poderia acompanhar o bebê no hospital. Chegando lá, vimos que a criança estava em uma situação de risco, por isso o levamos para a casa de uma tia”, explicou.

Ainda segundo a agente, a mãe do menino tentou recuperar a criança, e por isso o Conselho precisou intervir. “A mãe foi na casa da tia da criança, houve um conflito e ela tentou levar a criança de volta para casa, para o risco. Aí o Conselho precisou acolher essa criança institucionalmente”, concluiu.

A criança segue acolhida e o caso será acompanhado de perto pelo Conselho Tutelar de Cariacica. Assim que o bebê tiver alta, o Conselho irá analisar se o recém-nascido será entregue aos familiares ou se também será acolhido institucionalmente.

Este vídeo pode te interessar

Sobre a versão apresentada pelo pai das crianças, que alega ter sido o filho, de 5 anos, quem agrediu o bebê, a agente não descarta a possibilidade. “Ainda não há certeza se foi a criança quem agrediu o bebê, mas por se tratar de uma criança autista, forte, pode ter acontecido”, afirmou.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais