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Crítica: cheio de defeitos, filme 'Aladdin' é salvo pela nostalgia

Crítica: cheio de defeitos, filme "Aladdin" é salvo pela nostalgia

Live-action da animação de 1992 da Disney acaba de chegar aos cinemas

Publicado em 24 de maio de 2019 às 21:43

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"Aladdin" vira filme em live-action. (Disney/Divulgação)

A tendência em adaptar os clássicos da Disney para live-action continua. Depois de trazer “A Bela Adormecida”, “Cinderela”, “A Bela e a Fera” e o mais recente “Dumbo” para filmes com atores de carne e osso, chegou a hora da animação “Aladdin” (1992) ganhar um remake para chamar de seu. Contando a mesma história do desenho, o longa que acaba de estrear nos cinemas mostra um jovem ladrão que encontra uma lâmpada mágica e ganha três desejos de um gênio. Assim, ele tenta conquistar a princesa Jasmine e derrotar o nefasto Jafar no processo.

Como todas as outras adaptações da Disney, “Aladdin” apela de maneira forte para a nostalgia do seu público. Refazendo cenas clássicas da produção original, o filme traz uma memória afetiva agradável ao espectador que teve acesso à animação noventista. Entretanto, se olhar para além das boas memórias, os problemas da obra de 2019 passam a transparecer de forma mais clara.

DIREÇÃO E ELENCO

O projeto é comandado por Guy Ritchie, diretor de filmes como “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” (1998) e “Snatch – Porcos e Diamantes” (2000), nos quais mostrou sua criatividade na forma de narrar uma história. Infelizmente, essa inventividade narrativa não se faz presente em “Aladdin”. Sem inspiração, o cineasta se limita a copiar a animação de 1992.

A maior parte do elenco também atrapalha, pois o ator que dá vida a Aladdin, Mena Massoud, não transmite charme, muito menos carisma, e não conquista emocionalmente o espectador. O intérprete também não tem química com a atriz Naomi Scott, a Jasmine, afetando um dos pilares da obra, que é o relacionamento entre os protagonistas.

Marwan Kenzari, que dá vida ao vilão Jafar da maneira menos ameaçadora possível, também está terrível no papel, com monólogos exagerados sem nenhuma imponência.

ACERTOS

Entretanto, há alguma salvação para “Aladdin”. O Gênio interpretado por Will Smith, apesar dos efeitos ruins, é carismático e engraçado, proporcionando cenas engraçadas. O ator coloca vivacidade no papel, lembrando os melhores momentos de Robin Williams – dublador do personagem no desenho –, mas sem nunca parecer uma cópia. Outro ponto positivo são os números musicais, que possuem uma energia contagiante com as músicas clássicas da animação.

Mesmo possuindo diversos problemas e não sendo um bom filme, “Aladdin” retoma um sentimento feliz da infância de diversas pessoas que cresceram assistindo ao desenho. No fim, é um filme que oferece nostalgia e nada mais. Mas, para alguns fãs, isso é o suficiente.

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