Ao mesmo tempo que atrai novas multinacionais, o Espírito Santo vê empresas aqui instaladas tornaram-se cada vez mais internacionais. Graças, sobretudo, às exportações, que vivem nova fase de crescimento, após um período difícil vivido pela economia brasileira e mundial.

A expansão das vendas e o aumento da produção no Parque Industrial de Tubarão levaram a Vale a fechar 2016 com um lucro líquido de R$ 13,3 bilhões, depois de ter sofrido um prejuízo de R$ 44 bilhões, em 2015.

Para a Vale chegar a essa recuperação, a Oitava Usina de Pelotização, inaugurada em 2014, bateu recorde de produção, alcançando a marca de 7,2 milhões de toneladas, contra 6,6 milhões do ano anterior. Esse valor representa 15% de toda a produção de pelotas da empresa no mundo. No total, contabilizando também as usinas 3, 4, 5 e 6, foram produzidas 28 milhões de toneladas de pelotas pelo Parque Industrial de Tubarão, o equivalente a 60% do mercado da companhia.

A ArcelorMittal Brasil também deve reaquecer o mercado de exportação de aços longos graças à fusão com a Votorantim Siderurgia. Unidos, esses dois grupos se tornarão uma gigante da siderurgia, com capacidade anual de produzir 5,6 milhões de toneladas de aço bruto e 5,4 milhões de toneladas de laminados.

Isso será bom para o parque industrial da Arcelor situado em Cariacica, que deverá ter seus negócios alavancados e conquistar novos mercados no Brasil e no exterior, para a exportação de aços longos, a sua especialidade.

Atualmente, 65% da produção de aço da ArcelorMittal é destinada ao mercado internacional. Em 2016, a quantidade de aço exportada foi a maior desde 2002. A empresa fechou o ano com uma produção de 7 milhões de toneladas.

A Fibria, por sua vez, se prepara para fazer um investimento de R$ 450 milhões numa fábrica de bio-óleo. Um importante passo para que esse projeto seja implantado em Aracruz, no Espírito Santo, foi dado com a inclusão do empreendimento na lista de empresas enquadradas no Invest, programa de incentivos ao desenvolvimento do Governo do Estado.

O investimento confirma o interesse da empresa de celulose, situada em Aracruz, no Norte do Estado, em diversificar os seus negócios. O bio-óleo, uma espécie de combustível, entraria para o novo portfólio da indústria, com a possibilidade de ser exportado por meio do Portocel, situado dentro do parque industrial da própria Fibria.