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Mulher é vítima de bala perdida em Aribiri, Vila Velha

Mulher é vítima de bala perdida em Aribiri, Vila Velha

Ela contou que estava saindo de um bar e iria comprar um lanche antes de voltar para casa quando foi vítima do disparo

Publicado em 20 de outubro de 2018 às 16:56

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Mulher é vítima de bala perdida em Aribiri, Vila Velha. (Ricardo Medeiros)

Uma mulher de 40 anos foi vítima de bala perdida na noite desta sexta-feira (19), quando passava de bicicleta pela praça do bairro de Aribiri, em Vila Velha. Ela foi atingida no ombro após um homem armado disparar contra outro, que seria de uma gangue rival.

Segundo a polícia, o autor dos disparos fugiu. O alvo do atirador era um homem de 19 anos que foi atingido na panturrilha e na cabeça. Ele foi levado para o Hospital São Lucas, em Vitória, onde permanece internado sob escolta policial. Contra ele consta um mandado de prisão em aberto por roubo.

Já a mulher, que é aposentada, foi encaminhada para o Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria. Ela recebeu alta na madrugada deste sábado (20) e passa bem. Ela contou que estava saindo de um bar e iria comprar um lanche antes de voltar para casa.

No momento que ela estava passando de bicicleta, ouviu cerca de cinco disparos e tentou se esconder atrás do carro, mas acabou sendo baleada. Ela relatou que a pracinha estava cheia.

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Eu vivi de novo. Agora, vou ficar mais em casa, estou com medo. Não tem como sair à noite com esta insegurança. Atualmente, o bairro está muito perigoso.

Vítima de bala perdida
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INSEGURANÇA

Os moradores do bairro Aribiri relatam que o histórico de violência do local cresce a cada dia. No dia 2 de outubro uma pessoa foi assassinada na rua Emydio Ferreira Sacramento. Na semana seguinte, casas e carro de moradores da região foram atingidos por tiros na mesma região.

Algumas pessoas relataram que o tráfico de drogas é frequente no bairro e estão com medo. Inclusive, muitas pessoas estão deixando a região. Uma escrevente de cartório de 25 anos, que preferiu não se identificar, disse que foi assaltada três vezes nos últimos três meses. “Não tenho mais coragem de sair à noite”, relata.

A rotina dos moradores está mudando, principalmente no período da noite. Uma diarista de 45 anos, que também não quis se identificar, disse que está insegurança de circular na região. 

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Somente Deus para proteger, não saio mais à noite.

Moradora do bairro
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O comerciante Obede Jardim Nascimento, de 40 anos, foi assaltado na sexta-feira (19), às 7 horas. O bandido abriu a porta do seu estabelecimento, rendeu as três pessoas que estavam no local. Por lá ficou sete minutos, saiu e fechou a porta novamente.

Foram levados dois celulares e a quantia de R$ 1,1 mil. “Eu parei de abrir o restaurante à noite por medo, agora eles assaltam durante o dia”, relatou.

"PRACINHA ESTAVA CHEIA", DIZ APOSENTADA

O que aconteceu?

Eu estava saindo de um bar e iria comprar um lanche antes de voltar para casa. No momento que estava passando de bicicleta, ouvi cerca de cinco disparos e tentei me esconder atrás do carro. Nesse instante, eu já tinha sido baleada. Os tiros já tinham atingido o rapaz.

O local estava movimentado?

A pracinha estava cheia. Muitas pessoas ficaram próximas até o socorro chegar.

Você já tinha passado por alguma situação parecida antes?

Nunca, foi um susto.

Como está a segurança no bairro?

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A segurança está fraca, não passa polícia. Eu nunca fui assaltada, mas os roubos estão acontecendo constantemente no bairro.

Aposentada baleada
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Você conhece o outro baleado?

Eu conheço o outro baleado de vista, mas não sei nada sobre a vida dele.

O que pretende fazer agora?

Eu vivi de novo. Agora, vou ficar mais em casa, estou com medo. Não tem como sair à noite com esta insegurança.

POLÍCIA MILITAR

Por meio de nota, a Polícia Militar informa que o policiamento ostensivo é realizado diuturnamente no bairro Aribiri, em Vila Velha. "O patrulhamento preventivo é realizado por meio de rondas em viaturas e motopatrulhamento. Além disso, a região conta com constantes operações com foco no combate a criminalidade, como visita tranquilizadora, cercos táticos, blitzes, pontos bases e abordagens.

No entanto, a PM lembra que, embora a atividade preventiva seja praticada, a impossibilidade de onipresença abre janelas de oportunidade que são aproveitadas por criminosos motivados à prática criminal.

Por este motivo, a PM conta com a participação popular para que uma viatura seja imediatamente acionada em casos de crimes em andamento ou em casos de suspeita, via Ciodes (190). Ainda, denúncias que auxiliem no trabalho da policia podem ser feitas por meio do Disque - Denúncia 181 ou pelo disquedenuncia181.es.gov.br, o sigilo e anonimato são garantidos. No site, é possível a pessoa anexar imagens e vídeos de ações criminosas."

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