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Estado entra na Justiça contra concessão em bloco do Aeroporto de Vitória

Estado entra na Justiça contra concessão em bloco do Aeroporto de Vitória

Ação foi protocolada na manhã desta terça-feira na Justiça Federal

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 14:25

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Leilão do Aeroporto de Vitória em bloco com o Aeroporto de Macaé está marcado para o dia 19 de março. (Fernando Madeira)

O Governo do Estado entrou com uma ação civil pública pedindo a suspensão da concessão do Aeroporto de Vitória em bloco com o terminal de Macaé. Segundo o procurador-geral do Estado, Alexandre Nogueira Alves, e o secretário de Estado de Desenvolvimento, José Eduardo Azevedo, a ação foi protocolada na manhã desta terça-feira na Justiça Federal.

Alves e Azevedo ressaltaram que o Estado não é contra a concessão, mas contrário ao modelo proposto pelo Governo Federal (em bloco com Macaé). A Procuradoria-Geral do Estado defende que há um desequilíbrio nessa modelagem porque ela gera um prejuízo para o Espírito Santo, já que o novo terminal do Aeroporto de Vitória foi inaugurado há pouco tempo e o Aeroporto de Macaé precisa de muitas obras.

Com informações de Caíque Verli

LEILÃO MARCADO PARA MARÇO DE 2019

O leilão dos 12 terminais aeroportuários, incluindo o Aeroporto de Vitória, que serão concedidos pelo governo federal, foi marcado para o dia 15 de março de 2019, na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. A data foi anunciada nesta quinta-feira (29) pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil em videoconferência a jornalistas.

O edital da concessão deve ser publicado nesta sexta-feira (30). O governo dividiu os aeroportos em três blocos ofertados: o Sudeste (que incluí o terminal de Vitória e o de Macaé-RJ), o Centro-Oeste (com os aeroportos de Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta) e Nordeste (que inclui os terminais de Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju e Juazeiro).  Vence a empresa que der o maior lance por cada bloco.

No caso do bloco Sudeste, o governo estipulou uma outorga total de R$ 435 milhões pelos terminais capixaba e fluminense. Desse total, a concessionária vencedora deverá pagar R$ 47 milhões já na data de efetivação do contrato, além do ágio (valor excedente ao que foi pedido). Já os outros R$ 388 milhões serão pagos ao longo dos 30  anos de concessão, a começar pelo sexto ano de vigência do contrato. As parcelas anuais irão variar de acordo com receita bruta anual obtida pela concessionária.

Para o bloco Vitória-Macaé, o edital prevê um total de R$ 591,7 milhões em investimentos de melhorias ao londo da concessão. Desse total, R$ 323,6 milhões são para o Aeroporto de Vitória e R$ 268,1 milhões para o de Macaé.

O prazo para a realização do leilão foi objeto de pressões por parte dos grupos interessados e motivo de queda de braço dentro do governo. Inicialmente previsto para ocorrer em dezembro, houve pressão para que o leilão fosse realizado ainda este ano, temendo alguma descontinuidade ou atraso por causa da troca de governo. Mas o prazo ficou mesmo para 2019.

INVESTIDORES DE OLHO

Fontes ligadas à negociação já afirmaram para A GAZETA o interesse de investidores internacionais no Aeroporto de Vitória, sobretudo em função do terminal ser recém-inaugurado e exigir poucos investimentos iniciais, além do fato da Capital, junto com a cidade de Macaé, terem uma forte atuação da indústria de petróleo e gás.

Entre as empresas que estão de olho no bloco estão as mais maiores administradoras aeroportuárias do mundo: a argentina Inframerica, que administra 53 terminais pelo mundo; a francesa Vinci Airports, que opera 36 aeroportos; e a alemã Fraport, que gere outros 16.

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Na conferência realizada nesta quinta, no entanto, executivos do Ministério evitaram falar em possíveis empresas.

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