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'Fui pego de surpresa', diz suplente que vai substituir Ferraço

"Fui pego de surpresa", diz suplente que vai substituir Ferraço

Sérgio Rogério de Castro (PDT), ex-presidente da Findes e pai do atual presidente da Federação, assume o primeiro cargo eletivo da carreira.

Publicado em 19 de outubro de 2017 às 14:03

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O empresário Sérgio Rogério de Castro (PDT) confirmou ter sido pego de surpresa pela decisão do senador Ricardo Ferraço (PSDB) de se licenciar do mandato por discordar da decisão "corporativista" epotencializadora de impunidade" do Senado, que decidiu devolver o mandato ao senador Aécio Neves (PSDB) contrariando a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

O empresário se diz empolgado e motivado com a tarefa. Também avisa que a adaptação não será problema, pois costuma ir a Brasília uma ou duas vezes por mês para participar de reuniões.

Está empolgado com a ideia de assumir o mandato de senador?

Com certeza. É uma honraria. Assumir o cargo de senador é uma grande honra. Estou empolgado e motivado.

Já ocupou algum cargo eletivo antes?

É minha primeira vez. Sempre fui empresário. É a primeira vez que vou exercer um cargo com mandato na política partidária. Já exerci mandatos em associações, na Findes.

O que o senhor tem a dizer para os capixabas que não conhecem nem o senhor nem a sua longa trajetória como empresário?

Digo para eles que vou dar o melhor de mim para representar bem o Espírito Santo. Vou me empenhar fundo para fazer a melhor representação que puder.

Se o senhor tivesse assumido antes, como se posicionaria na votação que devolveu o mandato a Aécio Neves?

Eu votaria exatamente como o senador Ricardo Ferraço teria votado se lá estivesse. Teria votado 'sim'', a favor da manutenção da decisão do STF.

O Senado é uma casa política, com relações complexas. O senhor acha que conseguirá fazer um bom trabalho lá?

Eu acompanho muito de perto o mandato do Senador Ricardo Ferraço. O que eu vou fazer é me esforçar ao máximo para poder manter a linha que o senador Ricardo Ferraço tem adotado e com a qual concordo plenamente. Tenho orgulho de ser suplente dele. O discurso convence, mas o exemplo arrasta. Vou fazer o que sempre fiz na minha vida, tratar isso com muita responsabilidade, me dedicar às discussões. Quero dar bons exemplos, especialmente nas votações especialmente nas votações que acontecerem e que eu tiver a oportunidade de participar.

E o que achou dessa decisão do Ferraço, de se licenciar em protesto?

Respeito a decisão dele e ele vai voltar. Ele está tirando uma licença, mas vai retornar à função dele. Ele, com certeza, faz muita falta ao Senado. A presença dele é valiosa.

E quem ficará no lugar do senhor na Fibrasa?

Eu, há dez anos, estou fora da operação da Fibrasa. O Sérgio Filho é o presidente da empresa. A Fibrasa continua do mesmo jeito. Só aceitei participar da vida política partidária porque estava afastado das minhas atividades empresariais do dia a dia. Eu sou sócio-conselheiro.

Como que o senador Ferraço avisou isso ao senhor?

Ele me comunicou hoje (quarta) pela manhã. Eu estava em Brasília desde ontem (terça). Desde que fui convidado para ser senador suplente sabia que havia essa possibilidade, mas o senador não tinha esse compromisso comigo, não.

Está preparado para assumir relatorias de projetos importantes que estavam sob cuidados do senador Ricardo Ferraço?

É preciso ver o regimento do Senado para saber se as relatorias vão passar para mim. Se passarem, vou tomar conhecimento de tudo e fazer o que sempre fiz. Se achar que não estou preparado, vou ouvir companheiros, pessoas, outros senadores, para fazer um bom trabalho.

Ferraço votou contra Aécio, criticou os colegas e o governo. Acha que, por ser suplente dele, terá dificuldades com os demais senadores e com o governo federal?

Vou ao senado uma ou duas vezes por mês, desde o início do mandato. Circulo pelo plenário e pelas comissões. Já pude observar nesses quase sete anos que no Senado há muito respeito pelas posições de cada um. Acho que não haverá problema. A posição do senador Ricardo será respeitada.

Por que faz visitas mensais ao Senado?

Sou senador suplente, então vou lá para observar e aprender. Depois da eleição achei que isso seria importante. Achei que devia ajudá-lo, era meu dever. E devia me preparar para a eventualidade de substitui-lo. Então, a possibilidade (de assumir o mandato) ocorreu.

Quando o senhor vai tomar posse no plenário?

O senador Ricardo está fora do país. Vamos nos reunir assim que ele chegar para discutir a melhor maneira.

Vai querer participar de comissões?

Se eu tiver a opção de escolher, a Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante. Pela minha formação, a Comissão de Assuntos Econômicos e a de Estudos Sociais, por causa da questão da reforma trabalhista, me interessam. Essa discussão precisa ser implementada e complementada. E também a Comissão de Infraestrutura, porque interessa ao Estado do Espírito Santo.

Há quem considere a decisão de se afastar um 'tiro no pé' para quem é pré-candidato a reeleição no Senado.

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Pelo que conheço da história dele, e ele é político desde os 18 anos, a interpretação que dou é de desabafo. Ele vive a política 24 horas. É a vocação dele, que faz com amor, garra e empenho. Sou testemunha de quanto ele trabalha pelo Espírito Santo e pelo Brasil.

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