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Preço da gasolina chega a R$ 4,40 na Grande Vitória

Preço da gasolina chega a R$ 4,40 na Grande Vitória

Valor do litro do combustível subiu até R$ 0,55 da noite para o dia. Postos estariam enfrentando desabastecimento

Publicado em 12 de abril de 2018 às 01:29

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Postos da Grande Vitória já não têm combustível para vender. (Fernando Madeira | GZ)

Quem anda de carro pela Grande Vitória já percebeu: o preço da gasolina está nas alturas. O motivo seria a dificuldade do navio que traz combustível em atracar no Porto de Tubarão, em Vitória. Com isso, vários postos já sofrem com o desabastecimento total. Os que ainda têm estoque, elevaram os preços.

Apenas nas últimas 24h, teve posto na Grande Vitória que elevou o preço do litro da gasolina em R$ 0,55. A reportagem percorreu várias unidades na tarde de quarta-feira (11) e não encontrou nenhuma que cobrava menos de R$ 4 pelo litro. Na Avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha, um estabelecimento subiu o preço de R$ 3,64 para R$ 4,19. Na Capital, tem posto cobrando R$ 4,40 pelo litro da gasolina.

Com a dificuldade na distribuição, vários postos de Vitória, Vila Velha e Cariacica já ficaram sem gasolina, álcool e diesel. Sem nada para vender, alguns locais chegaram a liberar os funcionários do trabalho.

No posto Enseada, em Vitória, desde as 14h de quarta (11) não há combustível. No Posto 7, em Vila Velha, desde segunda os estoques acabaram. No McLaren, em Cariacica, só sobrou álcool. No Moby Dick, em Vila Velha, a previsão era que o estoque acabasse na noite de quarta. “O estoque está baixo muito baixo e não nos passaram previsão de regularização”, explica o gerente operacional, Gildenei Torres.

Entre o dia 1º de abril e sábado, 7, o preço médio da gasolina em Vitória era de R$ 3,99, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Agora, a média entre os postos percorridas na Capital fica em torno de R$ 4,29. Em Vila Velha, a média subiu ainda mais, de R$ 3,80 para R$ 4,19.

“Não chega combustível para a gente. Acabou tudo. A informação é que a Petrobras não está conseguindo descarregar no porto porque tem os navios da Vale carregando”, conta Wesley Leopoldina, que é gerente de um posto na BR 262, em Cariacica.

ALEGAÇÕES

A Vale, responsável pelo Porto de Tubarão, garante que não há nada de anormal nas atracações de navios no seu porto. A assessoria de imprensa da Transpetro, subsidiária da Petrobras que é responsável pelo transporte marítimo de combustíveis, também disse que o navio não tem nenhum problema, e que desconhecia qualquer contratempo com o porto.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindipostos) informou que o mercado é livre, sendo que o preço depende única e exclusivamente de cada revendedor individualmente. O sindicato criticou a falha de distribuição e disse que falta transparência dos agentes logísticos, que “não dão explicações claras para o desabastecimento”, gerando prejuízos para os revendedores e consumidores.

(Com informações de Caique Verli).

NAVIO ATRACA NESTA QUINTA, GARANTE A PETROBRAS

A Petrobras Distribuidora assume que pode ter “um problema pontual” em alguns postos, devido ao atraso na chegada de combustível por via marítima. A subsidiária não informou qual foi o problema que o navio teve para descarregar em Vitória, mas explicou que a embarcação está ancorada no porto desde a sexta-feira, 6, e vai atracar apenas nesta quinta (12), de acordo com a fila de entrada dos navios.

Diante do atraso de seis dias para a atracagem do navio, a distribuidora informou que vem transferindo volumes de polos alternativos por via rodoviária, o que, no entanto, encarece mais o produto.

MONITORANDO

O Procon Estadual está de olho nos aumentos repentinos de preço. A diretora-presidente do órgão, Denize Izaita Pinto, explica que apesar da livre iniciativa comercial, que possibilita que o revendedor monte seus preços, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) veda elevações sem justa causa comprovada.

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“Vamos fazer um mapeamento com os postos verificando os preços. Depois desse levantamento pronto, repassamos ao Ministério Público, que avalia se é um aumento abusivo ou não e toma as devidas providências, para que possam ser aplicadas as penalidades”, afirma.

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