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Linhares: mãe de crianças assassinadas frente a frente com acusado

Linhares: mãe de crianças assassinadas frente a frente com acusado

Segundo a defesa, a pastora Juliana Salles aceitou a acareação com o acusado, George Alves, que deve ser realizada durante audiência da CPI dos Maus-Tratos

Publicado em 11 de junho de 2018 às 17:25

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George e Juliana quando estiveram no DML de Vitória. (Marcelo Prest | AG | Arquivo)

O depoimento da pastora Juliana Salles na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos, em Brasília, não será mais nesta quinta-feira (14). A mãe dos meninos Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves, de 3 anos, que, segundo o inquérito policial, foram estuprados, espancados e mortos em um incêndio no dia 21 de abril, em Linhares, solicitou a troca da data através dos advogados de defesa de Georgeval Alves Gonçalves, conhecido como pastor George, que é acusado pelo crime. Juliana e ele são casados há cinco anos.

As informações foram passadas por fontes ligadas à secretaria da CPI. Os advogados, que também representam Juliana, entraram em contato com membros da secretaria da comissão e pediram mais um tempo para a pastora depor. Com isso, o depoimento de George — que também estava marcado para a quinta-feira — foi cancelado e vai acontecer apenas na semana que vem, no mesmo dia que em que a pastora comparecerá à CPI. 

Também foi confirmado que a acareação entre o casal de pastores vai acontecer durante a audiência da CPI. Segundo as fontes, o senador Magno Malta, que preside a CPI, faz questão de fazer a acareação e a pastora aceitou ficar cara a cara com o marido.

A mãe de Kauã e Joaquim não vê George desde quando ele foi preso, no dia 28 de abril, uma semana após a morte dos meninos, pois ela não teria visitado o acusado na cadeia. Ele está no Centro de Detenção Provisória de Viana II, acusado de cometer os crimes contra o enteado Kauã e o filho Joaquim.

Como foi convocada a depor na CPI, Juliana tem a obrigação de comparecer. Se não puder, ela precisará apresentar um laudo médico que ateste algum problema de saúde que a impeça de se apresentar. Quando uma audiência da comissão foi realizada em Vitória, no dia 25 de maio, a pastora foi convocada mas não compareceu, alegando o uso de calmantes.

A secretaria da comissão deve se reunir nesta terça-feira (12) para definir o dia dos depoimentos e da acareação do casal.

Na última sexta-feira (8), a advogada Milena Freire, que faz parte da defesa de George, informou para o Gazeta Online que Juliana deve comparecer na audiência da CPI em Brasília.

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