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Estelionatário é preso por aplicar 'golpe da locadora' no Espírito santo

Estelionatário é preso por aplicar "golpe da locadora" no Espírito santo

Segundo a Polícia Civil, João Carlos Magnone, 46 anos, é suspeito de praticar três crimes e já foi preso por um deles em 2016

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 13:26

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João Carlos Magnone alugava automóveis de locadoras e repassava para outras pessoas com documentação falsa. (Divulgação/PC)

Um homem de 46 anos foi preso em Colina de Laranjeiras, na Serra, suspeito de aplicar o “golpe da locadora” e de vender carros roubados no Espírito Santo. Em uma das formas que agia, João Carlos Magnone alugava automóveis de locadoras e repassava para outras pessoas com documentação falsa, por aluguel ou por venda. Ele também é suspeito de comercializar veículos clonados e já foi preso em 2016 por esse crime.

A prisão ocorreu em um condomínio em que ele morava na Serra. De acordo com a titular da Delegacia Especializada em Crimes de Defraudações e Falsificações, Rhaiana Bremenkamp, João Carlos Magnone agia ainda de uma terceira forma. Ele pegava carros de terceiros para vender, mas não repassava o valor prometido e sumia com o veículo.

“Ele aplicava o conhecido golpe da locadora, quando veículos de outros estados são locados e vendidos para terceiros de boa-fé. Há também o golpe de venda de veículos com placa falsa que foram roubados ou furtados, e uma terceira forma que é o estelionato comum mesmo, quando ele fala que vai vender veículos para essas vítimas, recebe o dinheiro, mas não repassa”, explicou.

Para a Polícia Civil, ele disse que vende e compra veículos. No entanto, para as vítimas, o criminoso afirmava que tinha uma revendedora de carros em Minas Gerais e que conseguia vender mais barato. A delegada explica que, só no "golpe da locadora", foram seis vítimas até agora (pessoas que alugaram e compraram veículos que estavam em poder dele e tiveram que devolver após saber do fato). Entre as vítimas também estão duas locadoras.

Delegada Rhaiana Bremenkamp, titular da Defa. (Kaique Dias)

COMO FUNCIONAVAM OS GOLPES

Magnone recebia carros que eram de locadoras de outros estados, principalmente Minas Gerais e Rio de Janeiro. Normalmente outras pessoas - que também são investigadas - chegavam com os automóveis para ele. O criminoso apresentava documentos falsos e, com isso, revendia ou mesmo alugava sem deixar suspeitas. "Possivelmente ele já comprava esses carros dos criminosos que fazem essa função de locar e distribuir. Sempre pessoas diferentes faziam isso", declarou. 

Nesse crime a polícia chegou a ele por meio da apreensão de um Jeep Renegade que estava alugado para uma vítima, no início deste mês. O carro havia sido alugado em uma locadora no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Várias outras vítimas também denunciaram a partir desse caso. Entre os carros estavam também modelos como Onix, Duster, Sandero e Logan. 

No segundo golpe, Magnone prometia vender carros para terceiros, porém, em posse do veículo, ele nunca pagava por essas vendas ao proprietário e desaparecia. "Ele criava um laço de amizade e de confiança com as pessoas e conseguia convencer. De duas em duas semanas ele trocava de telefone e todo mês ele se mudava. Exatamente para evitar a cobrança das pessoas com quem negociava", explicou a delegada. 

Com a prisão preventiva, Magnone responde por estelionato, falsificação de documentação pública e associação criminosa. Outras pessoas ligadas a ele também são investigadas.

PRISÃO EM 2016

Em um terceiro golpe Magnone foi preso em 2016, em Linhares. Na ocasião, a acusação é de que ele recebia carros furtados e revendia esses veículos. Com ele foram apreendidos vários documentos falsos.

"Descobrimos que ele portava diversos documentos em nome de terceiros com a mesma foto. Vimos também que possuía diversos documentos de veículos. Durante as investigações, descobrimos que ele trazia esses veículos furtados de outros Estados, montava a documentação e os vendia", informou, na época, o chefe da 16ª Delegacia Regional de Linhares, delegado Walter Barcelos.

João Carlos foi detido durante uma abordagem na BR-101. A Polícia Rodoviária Federal suspeitou do motorista ao receber o documento pessoal e do carro. Além do veículo que ele dirigia no momento em que foi preso, outros três já foram apreendidos. Os veículos custam mais de R$ 100 mil, mas eram vendidos pelo suspeito por menos da metade do preço.

A delegada Rhaiana Bremenkamp orienta a quem for comprar ou alugar um veículo, só fazer negociação com empresas conhecidas, para evitar fraudes. "No caso dessas vítimas, elas procuraram depois o nome dele no Google e no Tribunal de Justiça (TJ-ES) e percebiam que o nome dele estava em outros processos. É importante conhecer com quem está fazendo o negócio para a garantia de qualquer problema que apareça depois. Normalmente o estelionatário comete novamente o crime, então é importante procurar o nome dele", explicou.

Quem comprou um veículo de Magnone sabendo dos golpes que ele praticava pode ser alvo do inquérito por receptação. Já quem já foi vítima do criminoso - sem saber dos golpes - pode denunciá-lo por meio do número 181 ou por meio do site do Disque Denúncia. O telefone da delegacia responsável é (27) 3137-9043

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