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Caso Dondoni: uma semana após condenação, empresário segue foragido

Caso Dondoni: uma semana após condenação, empresário segue foragido

Nesta segunda (12), completa uma semana que Dondoni foi julgado culpado por um acidente de trânsito ocorrido há dez anos

Publicado em 12 de novembro de 2018 às 23:15

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O empresário Dondoni, quando foi detido após provocar acidente com mortes, em 2010; agora condenado pela Justiça, empresário está foragido. (Gustavo Louzada | Arquivo | A Gazeta)

O empresário Wagner José Dondoni de Oliveira, condenado este mês a uma pena de 24 anos e 11 meses em regime fechado pela morte de uma família em um acidente de trânsito ocorrido há dez anos, continua foragido da Justiça. Nesta segunda-feira (12), completa uma semana que Dondoni foi condenado pela Justiça.

Acionada pela reportagem do Gazeta Online, a Polícia Civil informou que, por meio da Superintendência de Polícia Interestadual e de Capturas (SPIC), continua realizando diversas diligências para encontrar Wagner Dondoni. Porém, até o momento, ele não foi localizado.

Caso Dondoni, uma semana após condenação, empresário segue foragido

A SPIC reforçou que continuará as buscas de forma incansável e sem prazo determinado. Denúncias que auxiliem no trabalho da polícia e contribuam para identificação de suspeitos podem ser feitas por meio do Disque - Denúncia 181 ou pelo disquedenuncia181.es.gov.br. O sigilo e o anonimato são garantidos. No site, é possível a pessoa anexar imagens e vídeos de ações criminosas.  

A CONDENAÇÃO

Ronaldo, único sobrevivente do acidente, com a condenação de Dondoni nas mãos; ele perdeu dois filhos e a esposa no acidente. (Ricardo Medeiros)

A condenação de Dondoni foi anunciada dez anos após a tragédia na BR 101, em Viana, que destruiu a família do cabeleireiro Ronaldo Andrade. Ele, que é o único sobrevivente do carro atingido pelo empresário, que perdeu a esposa Maria Sueli Costa Miranda, e os dois filhos, Rafael Scalfoni Andrade e Ronald Costa Andrade.

Dondoni não compareceu à audiência, que durou quase 15 horas no Fórum de Viana, e foi condenado pela maioria dos votos, mas pode recorrer da decisão. Ele responde pelos crimes de homicídio simples por ter causado a morte de Maria Sueli, e os filhos Rafael e Ronald, tentativa de homicídio, por Ronaldo Andrade, e uso de documentação falsa.

O promotor do Ministério Público do Espírito (MPES) Fábio Langa Dias explicou que a condenação do juiz apontou dolo eventual, quando o acusado não tem a intenção de cometer o crime. “Foi muito argumentado aqui que ele não queria praticar o crime, mas o comportamento dele desde a saída de Guarapari, até o desfecho do acidente é um comportamento de assumir os riscos de morte”, disse.

O promotor informou ainda que vai recorrer da pena porque acredita que a pena deveria ser maior. 

Já sobre a possibilidade de recorrer a favor de Dondoni, o advogado do empresário, Rogério Pires Thomaz, disse que ainda avaliaria a situação. “Tenho que conversar com a família de Dondoni e ver o que faremos, mas possivelmente terá apelação da sentença.”

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