Um homem de 29 anos foi preso na manhã desta terça-feira (19) no bairro Jardim Limoeiro, na Serra, acusado de tentar vender um celular que foi roubado no dia 25 de janeiro no mesmo município. De acordo com o delegado Leandro Piquet, responsável pelo 3º Distrito de Polícia da Praia do Canto, em Vitória, no dia em que o aparelho foi roubado houve um assalto em que pessoas armadas "subtraíram" carro, joias, carteira, relógio, telefone e documentos pessoais de uma vítima.
A partir disto, a vítima realizou um boletim de ocorrência e foi em busca de um novo celular, do mesmo modelo e marca. "Ela começou a pesquisar em sites de vendas os valores, preços de aparelhos novos, usados, seminovos, compatíveis com o que ela queria. Até que achou um anúncio de um celular usado que era o mesmo que o dela", explicou o delegado.
Ele disse, ainda, que a vítima, um homem que não teve o nome divulgado, começou o processo de negociação para comprar o aparelho celular. Houve diversas trocas de mensagem com o vendedor pelo site de compra e venda e alguns encontros foram frustrados. Após uma ampla troca de informações, o fornecedor apresentou uma capa que era a mesma que a vítima tinha perdido durante o assalto em janeiro.
"A vítima desconfiou que pudesse ser o celular dela, entrou em contato com a delegacia. Fizemos todas as orientações, falamos sobre os cuidados ao comprar na internet. Com base nessas informações, resolvemos diligenciar. Nos antecipamos na sinalização da compra e venda, chegamos ao local e abordamos o vendedor", informou Piquet.
Ao abordar o homem, a equipe da Polícia Civil confirmou que o aparelho era o mesmo pelo número do International Mobile Equipment Identity (Identificação Internacional de Equipamento Móvel), mais conhecido por IMEI, que é um número de identificação global e único para cada telefone celular.
O homem foi preso em flagrante e, em depoimento, negou que teria roubado o celular. "Ele informou que um conhecido achou e entregou para ele, mas que ele estava realizando a venda. Mas ele tem consciência de que o valor do celular é muito mais alto do que foi exposto", detalhou.
Ele foi autuado pelo crime de receptação. A pena é de 1 a 4 anos e multa. Como ele não tinha nenhum tipo de passagem pela polícia, foi arbitrada uma fiança de R$ 1,4 mil. Em conversa por telefone com o Gazeta Online, o delegado Leandro Piquet destacou a importância do papel da sociedade, ainda que ela seja vítima, no auxílio das atividades policiais.
"Não queremos que ninguém se exponha, queremos que as pessoas se envolvam e colaborem com a polícia. A vítima, ao registrar o Boletim de Ocorrência, ao entrar em contato com a delegacia e informar os detalhes, facilita o trabalho e a atividade policial. Proporciona a entrega do bem furtado da vítima", concluiu.
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