Imprimir currículos? Sair distribuindo-os? Tempo de espera em filas? Isso tudo caminha para o passado. É que vários aplicativos estão surgindo para facilitar a busca por trabalho. As plataformas adotam o modelo do Tinder, combinam o perfil da empresa e do candidato, e promovem o encontro perfeito. Agora, o "match" não é apenas amoroso. O objetivo é otimizar o tempo dos contratantes e dos que buscam vagas. O governo Bolsonaro, inclusive, anunciou em janeiro que pretende abrir os dados do Sistema Nacional de Emprego (Sine), de forma voluntária, para seguir a mesma premissa: de parear vagas com os candidatos.
Uma novidade que chegou no mercado capixaba é o aplicativo Empreguei. O funcionamento é bem similar ao Tinder e é de curtida em curtida que se encontra o funcionário (e o emprego) ideal. O candidato precisa se cadastrar via Facebook e preencher campos como: pretensão salarial, qual cargo pretende exercer, CEP, e experiências profissionais anteriores. A segunda etapa consiste em quatro testes nas áreas de português, lógica, millennial (perfil psicológico) e criatividade. Feito isso, o usuário consegue acesso às vagas e curti-las (ou não). Inicialmente, aparecem as oportunidades que estão a 5 km de distância da residência do candidato, mas pode ser alterada.
O acesso acontece pelo site da empresa e, no caso de celulares com o o sistema Android, também é possível baixar no Google Play. No Estado, a plataforma conta com quatro empresas cadastradas, além de 1.100 usuários. "Entendemos que Vitória tem o segundo maior PIB per capita do país. Além disso, é um estado com nível educacional acima da média. Por isso, decidimos expandir", diz o fundador da Empreguei, Marcio Furtado.
Outro site que atua no mesmo ramo é a 99jobs. Nela, existe a ferramenta chamada "99match", em que o candidato responde um teste de valores, o que possibilita mostrar o quanto o usuário combina com alguma vaga ou corporação. No site, são ofertadas vagas de emprego e estágio.
O empresário Eduardo Borges, dono de uma imobiliária na Praia do Canto, em Vitória, encara as mudanças no cenário como positivas. "É um facilitador para quem quer contratar e quem quer ser contratado. Contratar agência acaba sendo mais caro e a modernidade da ferramenta me parece mais eficaz. Facilita a vida das pessoas", opina.
O empresário atribui, ainda, duas vantagens a esse tipo de plataformas: "Primeiro, que todos têm celulares. Em segundo, a conexão dos perfis. Lá, as pessoas fazem testes, e nós atribuímos características que buscamos", relata.
TCHAU, PAPEL
Uma das vantagens é a eliminação dos currículos de papel. Furtado relata que, em sites tradicionais, os currículos são disparados sem tanta assertividade. "A gente brinca que, hoje, usam o currículo como rascunho. Vejo muita gente que envia e não recebe resposta."
"TINDER DO SINE"
Não são apenas as start-ups que pretendem facilitar o match entre empresa e funcionário. O governo Bolsonaro divulgou, em janeiro, que pretende abrir os dados do Sistema Nacional de Emprego (Sine). O objetivo é que agências de recrutamento que desenvolvem plataformas próprias também tenham acesso aos dados do Sine. Com isso, as chances de pareamento entre as vagas e os empregados aumenta. A ideia recebeu, pelo Ministério da Economia, o nome de Open Sine.
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