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Polícia não descarta possibilidade de Jonas Amaral estar morto

Polícia não descarta possibilidade de Jonas Amaral estar morto

O titular da delegacia de Guaçuí, José Maria Simão, assumiu o caso na última segunda-feira (11) e disse que não descarta nenhuma possibilidade

Publicado em 13 de março de 2019 às 16:46

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Jonas Amaral, acusado de agredir a namorada Jane Cherubim, em Dores do Rio Preto . (Reprodução/Instagram)

A Polícia Civil não descarta a possibilidade do vendedor Jonas Amaral, de 34 anos, estar morto. Ele é acusado de ter agredido a então namorada Jane Cherubim da Silva, de 36 anos. O crime ocorreu na madrugada do último dia 4 de março na localidade de Pedra Menina, interior de Dores do Rio Preto, na região do Caparaó.

O titular da delegacia de Guaçuí, José Maria Simão, assumiu o caso na última segunda-feira (11) e disse que não descarta nenhuma possibilidade. “Diligências estão sendo feitas para verificar todas as possibilidades. Não descarto a possibilidade dele estar morto, mas acredito que ele está vivo e se escondendo” disse.

José Maria ainda disse que falta uma testemunha para ser ouvida. “Tem uma pessoa que viu Jane caída no chão e estamos tentando localizá-la para confirmar todas as circunstâncias. Todas as denúncias estão sendo verificadas e estão chegando várias falsas que acabam atrapalhando as investigações”, disse.

Jonas é considerado foragido da Justiça desde a terça-feira (05) da última semana.

ENTENDA

04/03 (segunda-feira):

A vendedora Jane Cherubim, de 36 anos, foi espancada às 3 horas da madrugada, após sair do local de trabalho com o namorado Jonas Amaral, de 34 anos. Após a agressão, foi largada em uma estrada de Dores do Rio Preto. Por volta de 5h20 da manhã, foi encontrada pelos irmãos, seminua, desmaiada e torturada. Foi levada para um hospital de Carangola (MG). Depois de espancar a namorada, Jonas enviou um áudio por aplicativo para a sogra.

OUÇA

Jonas de Amaral enviou áudio para a sogra

05/03 (terça-feira):

- Em recuperação no hospital, Jane conseguiu falar e confirmou que foi espancada pelo namorado.

- Justiça decretou a prisão do vendedor Jonas do Amaral, companheiro de Jane, acusado de tê-la espancado. Ele vai responder pelo crime de tentativa de feminicídio.

06/03 (quarta-feira):

- Jane já respirava sem aparelhos, conseguiu falar aos poucos, e permanecia muito inchada devido ao espancamento, ainda sem conseguir abrir os olhos. Em desabafo com a mãe, ela temia que o agressor entrasse no hospital.

- O pai de Jonas disse à Polícia que o rapaz telefonou para ele logo após cometer o crime, dizendo que "sua vida não valia mais nada".

07/03 (quinta-feira):

- A Polícia de Minas Gerais foi alertada para ajudar na localização de Jonas. Fotos de Jonas e a cópia do mandado de prisão foram distribuídas por várias equipes. Uma equipe foi checar uma denúncia em Pedra Menina, mas não obteve sucesso na prisão.

- A família de Jonas ajudou nas buscas do vendedor, que segue foragido da Justiça. Grupo de 40 pessoas se reuniu para procurá-lo na estrada que dá acesso ao Parque Nacional do Caparaó e nas proximidades.

- A Polícia acreditava que Jonas possa ter tido ajuda para fugir.

- No hospital, Jane se levantou da cama pela primeira vez e se viu no espelho.

08/03 (sexta-feira):

- Jane apresentou significativa melhora no quadro clínico, e seguia internada.

- Força-tarefa da Polícia do Espírito Santo e de Minas Gerais foi organizada para localizar Jonas Amaral.

- A Polícia afirma que iria pedir a prisão temporária do pai e do irmão de Jonas, suspeitos de terem alterado a cena do crime e ajudado o suspeito a fugir.

- Jane recebe a visita do advogado e do delegado, presta depoimento à polícia, chora muito, e passa mal em seguida, após relembrar o crime.

09/03 (sábado):

- No hospital, Jane continuava a ter vômitos e dores de cabeça, após ter prestado depoimento no dia anterior.

- O pai, o irmão e um amigo de Jonas foram ouvidos na Delegacia Regional de Alegre durante três horas. Polícia desiste de pedir a prisão deles.

- O advogado da família de Jonas acompanhava novos depoimentos prestados, e afirmou que os parentes do vendedor está sofrendo perseguição e ameaças na cidade de Espera Feliz (MG).

- A Polícia Civil pede para a delegacia de Imigração da Superintendência da Policia Federal do Espírito Santo travar a saída do vendedor Jonas Amaral nos aeroportos de todo país.

10/03 (domingo):

- Cerca de 50 pessoas faziram passeata em Espera Feliz, Minas Gerais, cidade de Jane Cherubim, pedindo justiça e respeito a todas as mulheres. Familiares da vendedora também participaram.

- Jane Cherubim recebe alta hospitalar e vai para casa com familiares.

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