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Barragem do Rio Pequeno: famílias há um mês sem voltar para casa

Barragem do Rio Pequeno: famílias há um mês sem voltar para casa

Previsão inicial passada para moradores da margem do Rio Pequeno era de apenas dez dias

Publicado em 18 de abril de 2019 às 21:14

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Barragem entre a Lagoa Juparanã e o Rio Pequeno, onde será aberto canal para escoar água. . (Carlos Palito - TV Gazeta)

Quando poderemos voltar para a casa? Esta é a pergunta que as pessoas que moravam às margens do Rio Pequeno, em Linhares, no Norte do Estado, querem que seja respondida. Retirados das respectivas casas inicialmente por dez dias por causa do risco de rompimento de uma barragem, os moradores já estão realocados há exatamente um mês.

Ao todo, 28 famílias receberam o pedido da Defesa Civil e da Fundação Renova para deixar o local em fevereiro. Destas, 21 estão em hotéis, oito em moradias provisórias, uma em casa de parentes e duas insistiram em permanecer na rua, que segue interditada e monitorada 24 horas por dia pela entidade criada para minimizar os danos causados em 2015.

De acordo com a Defesa Civil de Linhares, o município já encaminhou à Procuradoria um pedido para que estas duas famílias sejam retiradas de lá. Porém, ainda não há um prazo para que isto aconteça. Já o início das obras de reforço, segundo o órgão municipal, deve começar no próximo mês de junho, por causa da diminuição das chuvas e após um novo estudo técnico.

O PROBLEMA

No dia 15 de março, uma consultoria técnica especializada da Fundação Renova apontou riscos estruturais na barragem, que foi construída em 2015 para impedir a passagem de rejeitos de minério do Rio Doce para a Lagoa Juparanã. Em setembro do ano passado, durante uma audiência pública, a empresa Aecom Brasil já havia emitido um parecer semelhante.

NÃO É A PRIMEIRA VEZ

Também em setembro de 2018, 56 famílias ribeirinhas foram retiradas das próprias casas para a abertura de um canal no Rio Pequeno. A obra funcionou como alternativa para o escoamento da água represada no rio, por conta da construção da barragem. Assim, o nível da Lagoa Juparanã se manteve em torno dos sete metros e evitar alagamentos que já aconteciam na cidade.

O QUE DIZ A RENOVA

Por meio de nota, a Fundação Renova informou que o barramento de Linhares é monitorado diariamente, assim como sete pontos na Bacia do Rio São José e na Lagoa Juparanã. Além disso, a entidade afirmou que está fazendo um projeto de engenharia para reforçar a estrutura da barragem para o próximo período chuvoso. A conclusão está prevista para a segunda quinzena de maio.

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Sobre o retorno das famílias, a Fundação Renova esclareceu que a volta delas depende da clareza sobre a estabilidade do barramento e que, por esse motivo, estão sendo realizados novos estudos. A avaliação desses resultados deverá ser feita de maneira conjunta com o Ministério Público e outras instituições estaduais e municipais.

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