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Estudante assassinada em assalto sonhava em ser modelo, diz madrinha

Estudante assassinada em assalto sonhava em ser modelo, diz madrinha

"Ketelin gostava de dançar, sonhava em crescer como pessoa e continuar estudando", disse a madrinha dela, Maria Nazaré

Publicado em 16 de junho de 2019 às 15:32

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Ketelin Costa Sampaio foi morta com um tiro na nuca. (Reprodução/Redes sociais)

Os tios e os padrinhos de Ketelin Costa Sampaio, assassinada durante um assalto a um supermercado da Serra, foram ao Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, para liberar o corpo da adolescente. Muito abalada, a mãe não teve condições de ir ao local.

No DML, Maria Nazaré, que é madrinha da estudante, disse que, por pouco, quase foi alvo do tiro, já que sentiu o projétil passando próximo da cabeça dela até acertar a nuca da afilhada no supermercado.

Maria Nazaré disse que ligou para a mãe da estudante para que a jovem passasse o final de semana com ela e o padrinho para ajudar na produção de marmitas. O casal e a adolescente foram ao supermercado para comprar os alimentos quando tudo aconteceu.

Maria Nazaré disse que, quando os criminosos chegaram, ela achou que tudo se passava de uma brincadeira, mas o bandido disse que não estava brincando e que era um assalto, momento em que eles começaram a apalpar todos que estavam no supermercado em busca de celulares e dinheiro.

Segundo a madrinha da estudante, Ketelin começou a passar mal, com tontura, e foi nesse momento que a jovem pediu que um dos clientes a segurasse. Em seguida, Maria Nazaré não sabe o motivo, um dos bandidos atirou. Ela acredita que foi por pura covardia ou falta de experiência dos criminosos.

Ketelin, segundo a madrinha, era cheia de planos (veja entrevista abaixo), sonhava em ser modelo, gostava de dançar, sonhava em crescer como pessoa e continuar estudando. A vítima ajudava a mãe a cuidar dos três irmãos, de 9, 10, e 12 anos.

VÍDEO MOSTRA ASSASSINATO

Imagens de câmeras de segurança de dentro do supermercado assaltado na noite deste sábado (15), no bairro Jardim Juara, na Serra, mostram o momento em que a estudante Kethelen Costa Sampaio, de 16anos, é baleada na nuca e morre durante um assalto ao estabelecimento

O CRIME

De acordo com investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), era por volta das 21h quando a vítima, identificada como Ketelin Costa Sampaio, foi ao supermercado com um casal de padrinhos. A vítima, que era moradora de São Diogo, também na Serra, foi ao bairro unicamente para acompanhar os padrinhos nas compras.

Havia cerca de oito pessoas - sendo seis clientes e os proprietários, além do filho deles, de 12 anos - dentro do estabelecimento, que fica na Rua Sofia Sampaio, quando dois criminosos entraram, um deles armado e com capuz no rosto.

Ketelin Costa Sampaio foi morta com um tiro na nuca. (Reprodução/Redes sociais)

O bandido armado anunciou o assalto e exigiu os celulares das pessoas que estavam no supermercado. As vítimas não reagiram e entregaram os aparelhos. Enquanto o homem de capuz rendia as pessoas apontando a arma para elas, o comparsa ia recolhendo os celulares e cerca de R$ 150 do caixa.

A dona do estabelecimento, que estava nos fundos do supermercado, foi para a área da frente quando se deparou com a cena do assalto. Assustada, ela retornou para os fundos do comércio. Foi quando o criminoso armado perguntou: "Ela correu?"

As vítimas então disseram que ela apenas tinha voltado para parte de trás. Nesse momento, o criminoso atirou na direção das pessoas e o tiro acabou acertando a adolescente de 16 anos que, muito nervosa, estava sendo amparada por um outro cliente. Ketelin foi baleada exatamente na hora em que ficou de costas e pediu para que um cliente abraçasse ela.

A adolescente morreu na hora. Os clientes entraram em desespero e os bandidos fugiram a pé pelas ruas do bairro.

Supermercado onde estudante foi assassinada em assalto. (Elis Carvalho)

MORADORES EM CHOQUE

A reportagem do Gazeta Online esteve no bairro onde o crime aconteceu e os moradores estão em choque com a situação. Eles contaram que os padrinhos da vítima são moradores da região e conhecidos por vender marmita, e que a estudante de 16 anos estava no bairro para ajudar na produção da comida.

VÍDEO: COMERCIANTE DIZ QUE JÁ FOI AMEAÇADO

O comerciante Nilton César Rezende, de 36 anos, contou que assaltos a comércios da região são constantes. Ele foi vítima de criminosos há cerca de um mês atrás e decidiu colocar grades no comércio dele. Com isso, as vendas caíram 50%, já que muitos clientes acabam não entrando quando o estabelecimento está todo gradeado. Mas, segundo Nilton, foi a forma que ele encontrou de ter um pouco mais de segurança.

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