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Morenna, do Solveris, vai do dancehall ao pop no EP 'Blá Blá Blá'

Morenna, do Solveris, vai do dancehall ao pop no EP "Blá Blá Blá"

Integrante do grupo Solveris, Morenna lança EP de estreia e mostra sua versatilidade musical

Publicado em 9 de julho de 2019 às 22:22

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Em pouco menos de dez minutos é possível absorver o novo material lançado por Morenna, uma das integrantes do quarteto capixaba de rap Solveris. No EP recém-lançado, intitulado “Blá Blá Blá”, a jovem canela-verde explora gêneros como o dancehall, o pop e o r&b, mostrando as facetas versáteis que a cena musical pede hoje em dia.

A versatilidade à mostra foi de caso pensado. Afinal, assim como os outros companheiros de grupo, Morenna busca reafirmar sua identidade e suas preferências e referências musicais por meio do trabalho solo.

“Nós todos já éramos artistas solo antes do projeto (do Solveris). Quando nos juntamos, já tínhamos mesmo a intenção de continuar também cada um com seu trabalho solo. Chegamos a um ponto de amadurecimento e cada um tem produzido suas coisas também. Nossa ideia é continuar com o projeto para fazer mais parcerias, até mesmo com artistas de fora, mas continuar com nossos projetos paralelos, até porque temos públicos diferentes”, explica a cantora, em entrevista por telefone ao C2.

INSPIRAÇÕES

Nas três faixas, Morenna aborda sentimentos como a raiva, a alegria e o amor em canções dançantes e coreografadas. Tanto a inspiração estética quanto a musical vieram de artistas como Stefflon Don, Rosalía, Cardi B e Solange Knowles.

Morenna, da banda Solveris, que agora se aventura em carreira solo. (Vitor Lisboa/Divulgação)

Na faixa-título, que também abre a lista de canções, Morenna abusa do poder de sua voz em cima de batidas de trap. “Olha, mas não encosta em mim”, canta no single envolvente. Em “Quando Eu Quero” é possível sacar os acordes de dancehall, que a cantora fez questão de incluir no projeto por conta do gingado mais dançante. Já em “Sentimento” – uma “love song”, como o próprio nome sugere – a jovem lança mão da voz melodiosa para cantar questões do amor.

“Naturalmente, fiz um som de cada ritmo das minhas melhores referências, que sempre foram desse lado mais pop da música. Sempre consumi muito pop. Meu trabalho solo sempre foi mais direcionado para isso, e para o r&b, para a black music”, detalha.

A jovem nascida e criada em Vila Nova, Vila Velha, traz também referências musicais bem pessoais, já que tanto o lado paterno quanto o materno da família sempre tiveram figuras identificadas com a música.

“Meu pai é paulista, sempre teve uma certa identificação com a música clássica, e a mãe dele tinha uma dupla de música caipira com a própria irmã. Já minha mãe é carioca, foi criada na rua da quadra da Portela, o pai dela tocava acordeon. Meu pai também sempre gostou muito de música negra americana também, ouvia Stevie Wonder, Michael Jackson...”, conta, orgulhosa.

As referências familiares aparecem também no videoclipe de “Blá Blá Blá”, lançado junto com o EP. A avó de Morenna, por exemplo, surge coroando a neta com uma peça feita pela artista plástica Castiel Vitorino. Abusando da dança, Morenna surge performática na mídia dirigida por Júnior Batista.

“Quis retratar a cultura da minha própria família, mas também a cultura de Vila Velha, do nosso Estado de forma artística. Minha intenção era mostrar a mulher que tem poder para alcançar seus objetivos”, diz.

A jovem planeja um show para setembro, com artistas convidados e gravação de seu DVD ao vivo em mais uma edição da festa Bekoo das Pretas.

BLÁ BLÁ BLÁ

Morenna. Independente, 3 faixas. Disponível nas principais plataformas de streaming.

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