O Amigo Secreto entre Hartung e Casagrande

Veja como foi o Amigo Secreto de fim de ano entre políticos do Espírito Santo, com a participação de Paulo Hartung e de Renato Casagrande.


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Extra! Extra! Durante as festividades de fim de ano, o Cordel do Severino flagrou a realização de um tradicional amigo secreto entre renomados políticos do Espírito Santo, entre eles Paulo Hartung (PMDB) e Renato Casagrande (PSB). Para surpresa geral, os dois se sortearam e trocaram palavras e presentes. Veja como cada um descreveu o outro*:

 

Renato Casagrande: “Coube a mim iniciar a brincadeira Essa lúdica tradição de Natal Meu amigo já ocupou minha cadeira E agora a ela torna, afinal Costumava ser um grande aliado De bem alto calibre e quilate Com ele, em 2010, dei um chocolate Na eleição, quando me fez seu afilhado Todavia, este meu amigo secreto Pra mudar de ideia pouco custa Preferiu me transformar em desafeto E contra mim lançou-se na disputa Hoje não é meu amigo predileto Ao contrário, pois tirou-me de sua rota Hoje está a cultivar outro projeto De poder, que incluiu minha derrota Pôs em xeque as finanças do Estado E minha capacidade de gestor Tudo para reduzir o meu legado E voltar a ser ele o governador Questionou todos os meus resultados E o dinheiro que lhe estou deixando em caixa Tudo isso só pra me botar de lado E voltar a ostentar a minha faixa O Estado não deseja governantes Que pratiquem violência e vingança Por isso, estarei sempre vigilante Para defender de ataques minha herança Vai entrar no Palácio por uma porta Enquanto tomo outra, bem, não importa Digo-lhes, enfim, sem mais tardá-lo: O meu amigo secreto é o Paulo" (Entrega do presente e abraço constrangido para a foto)

 

Paulo Hartung: “Meu amigo não era o meu preferido Para a minha sucessão, em 2010 Mas minha estratégia sofreu um revés E por isso ele acabou sendo o escolhido Dado o jogo, achei melhor mudar as cartas Apoiando-o em detrimento do Ricardo E assim sua colheita veio farta De votos, muitos votos, no Estado Entreguei a ele o Estado em condição De dar um grande salto para a frente Porém não vimos isso em razão De uma gestão pouco eficiente O Estado foi perdendo o ritmo E, igualmente, foi perdendo o rumo O desequilíbrio ficou nítido Então decidi: ‘Deixem que eu arrumo!’ Resolvi voltar para enfrentá-lo Pra voltar ao meu antigo espaço Na campanha, me tornei apenas Paulo E distribuí milhões de abraços Uma campanha dura como aço Com ataques pessoais à família Mas quem duvidou torceu o braço Estou energizado, haja pilha! A casa estava desorganizada Voltei pra colocar tudo em ordem Pra quem no início não apostava nada Agora, se quiserem aplaudir, podem Bem, o meu amigo, eu não nego, Já não é bem amigo, é oposição Mas, como é Natal, agora entrego Meu presente (de grego) ao Casão (Entrega do presente e abraço constrangido para a foto) * Trata-se, naturalmente, de um texto ficcional, livremente baseado em fatos políticos ocorridos desde 2010 e declarações públicas concedidas por ambos ao longo do ano. Em 2015, toda quarta-feira, confira aqui um novo Cordel do Severino!