A reeleição de Theodorico

O Cordel do Severino da semana relata como foi a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa


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No início do processo ele dizia

Não querer ser de novo candidato

Mas, na última segunda, quem diria

Sua reeleição tornou-se um fato

O ainda presidente da Assembleia

Absolutamente nada tem de bobo

Se os deputados formam uma alcateia

Ele é, na certa, o líder dos lobos

Na política local é uma raposa

Esbanja esperteza e destreza

O que diz quer dizer sempre outra coisa

E assim se manteve à frente da Mesa

Ele, que em Cachoeiro é lenda,

Não podia disputar nova eleição

Mas seus pares lhe ofereceram emenda

Que altera a nossa Constituição

Então, pensou: “Eu vou por essa fenda!”

E passou a “aceitar essa missão”

Desde que não houvesse uma contenda

E que fosse o “candidato da união”

E claro, se houvesse o aval

A “fumacinha branca” do Palácio

Depois que de lá veio o sinal

A nova eleição tornou-se fácil

Guerino Zanon ainda o ameaçou

Assim como tentou o Da Vitória

Mas mal o ensaio deste começou

Já sobreveio o fim da trajetória

Agora, por mais um par de anos,

É ele quem da Casa tem a chave

Segue no comando, soberano,

Com seu estilo não dos mais suaves

Respeito dos pares não lhe falta

Dos servidores tem apoio largo

Por isso volta a gerir a pauta,

O cofre e a partilha dos cargos

Dizendo-se um grande pão-duro

Sua meta é “aumentar a pão-duragem”

“Nunca gastei um centavo, juro,

Com flores, com lanchinhos e viagens”

Este, enfim o identifico,

Mas não sei por que mistério faço

Quem é que não conhece Theodorico,

O cacique do sul e dos Ferraços?