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Adapte seu corpo ao fim do horário de verão

Adapte seu corpo ao fim do horário de verão

Mudança que ocorre à meia-noite deste sábado (17)afeta o organismo

Publicado em 17 de fevereiro de 2018 às 00:09

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"É uma pena que tenha terminado o horário de verão. Agora meu corpo vai levar uns dias para se adaptar de novo", disse o publicitário Beethovem Belém, de 29 anos. (Fernando Madeira | AG)

Amado por uns, odiado por outros, o horário de verão dá adeus hoje, à meia-noite. Será preciso atrasar o relógio em uma hora. Se você é daqueles que sente mais os efeitos das mudanças repentinas na rotina, saiba que dá para fazer uma transição menos sofrida nos próximos dias.

De acordo com a otorrinolaringologista e especialista em Medicina do Sono, Zuleika Paim, o fim do horário de verão costuma ser menos problemático do que o início dele. “Com o horário de verão, por três meses temos uma alteração transitória dos nossos ritmos. Agora, estamos voltando ao ritmo normal, por isso a readaptação costuma ser mais fácil”, afirma.

Mesmo assim, há pessoas que acabam tendo algum sintoma por alguns dias, como sonolência, alterações de apetite. “É uma desregulagem temporária. Com menos de sete dias isso se equilibra", diz a médica.

Segundo Zuleika, uma dica é continuar seguindo o horário do relógio. “Se você costuma jantar às 20 horas, mantenha esse hábito na mesma hora”.

E se no primeiro dia de horário novo, não bater o sono na hora de dormir? Vale a pena segurar o sono mais um pouco? Para a especialista, não: “Se já estiver sentindo sono, vá deitar. Não precisa se manter acordado. Em menos de uma semana o organismo vai se ressincronizar”, aponta.

As alterações sentidas pelo organismo com o início ou o fim do horário de verão se devem a hormônios como o cortisol e a melatonina, que regem o nosso relógio biológico e são produzidos de acordo com o tempo de exposição ao sol e à escuridão.

Por isso, quem precisar acordar cedo para trabalhar, estudar ou se exercitar não costuma sentir um impacto com o término do horário de verão.

“Biologicamente, é mais natural acordar com dia amanhecendo do que com tudo escuro. Quando o sol começa a nascer, e a claridade vai aumentando, a melatonina começa a baixar. A gente fica mais desperto. Já o cortisol, que prepara o corpo para as atividades e também é regulado pelo claro e escuro, tem seu nível máximo no amanhecer do dia. Então, pessoas mais produtivas de manhã sofrem quando o horário de verão acaba porque quando acordam têm uma ajudinha da claridade para despertar”, explica Zuleika.

HIGIENE DO SONO

A médica pneumologista Jéssica Polese aconselha a investir na chamada higiene do sono: “Cerca de 30 minutos antes de dormir procure fazer alguma atividade relaxante. Evite conteúdos de televisão agressivos, pois eles podem afetar a qualidade do seu sono. Tome um banho morno, esteja num ambiente arejado e limpo. Isso pode ajudar”.

O publicitário Beethoven Belém, de 29 anos, sabe que vai precisar se acostumar com o novo horário. “É uma pena que tenha terminado o horário de verão. Por mim, ele duraria eternamente. Consigo usufruir muito mais do dia, fazer exercícios depois do trabalho. Agora, com a volta do horário normal, meu corpo vai levar uns dias para me adaptar de novo. Vou continuar nos exercícios, mas sei que vou ter uma preguiça maior”, comenta o jovem.

DICAS

Siga o relógio

Tente seguir o relógio. Se antes você ia dormir às 23h, mantenha o horário. Mas se tiver sono mais cedo, não prolongue o tempo acordado.

Relaxe

Evite atividades exageradas à noite, como exercícios intensos. Atividades leves como caminhada e alongamento podem ajudar com um efeito relaxante.

Relaxe

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Na hora de deitar, deixe o ambiente no quarto bem escuro, silencioso, com boa temperatura e confortável. E evite assistir TV ou usar celular e computador próximo à hora de dormir. Coma algo mais leve e não estimulante.

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