A campanha 'Ela Decide Seu Presente e Seu Futuro' chega nesta quinta-feira, 26, às rede sociais, com o objetivo de conscientizar mulheres e adolescentes sobre o direito de tomar decisões autônomas sobre sua sexualidade - sobre engravidar ou não, quando e quantos filhos ter e sobre como vivenciar a maternidade.
Liderado pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) - agência de desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) -, em parceria com organizações do setor privado, o movimento será lançado nesta quinta-feira, 26, em São Paulo.
Os rostos da campanha são quatro mulheres, que vão repassar a mensagem da iniciativa. As atrizes Juliana Alves e Bella Piero, e as youtubers Gabi Oliveira, do canal DePretas, e Juliana Tolezano, a Jout Jout gravaram vídeos falando das próprias experiências relacionadas à saúde sexual e reprodutiva.
No site ElaDecide.org, que também será lançado nesta quinta, será possível ainda buscar informações sobre métodos contraceptivos e tirar dúvidas sobre sexualidade.
A iniciativa é uma ação da Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil, liderado pelo Unfpa. O grupo é composto pela Embaixada dos Países Baixos, além das empresas Bayer, MSD, Semina e Instituto Ethos.
Além dos integrantes da Aliança, apoiam a campanha ainda outras instituições, como Reckitt Benckiser, Laboratório Sabin, Magazine Luíza, SESC São Paulo e Movimento Mulher 360.
Segundo o Ministério da Saúde, 18% dos bebês nascidos vivos são gerados por mães com menos de 19 anos. A maioria das mães com idade entre 15 e 19 anos é negra, conforme o IBGE: sete em cada 10 são pretas ou pardas.
No Brasil, a taxa de fecundidade de adolescentes entre 15 e 19 anos foi de 65 por 1 mil meninas entre 2006 e 2015 - em países desenvolvidos, esse índice não ultrapassa 10. Uma pesquisa da Fiocruz, realizada em 2012, mostra ainda que 3 em cada 10 mães não planejaram a gravidez.
O movimento defende que é urgente o envolvimento da sociedade para combater os altos índices de gestações não planejadas, de mortes em decorrência de complicações durante a gravidez, o parto e o pós-parto e a elevação da incidência de infecções de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
A campanha destaca ainda que, apesar do crescimento de incidência de HIV em adolescentes no Brasil, a educação sobre sexualidade em geral não faz parte do currículo das escolas de educação básica.
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