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Está com tosse? Médicos britânicos indicam mel no lugar de remédios

Está com tosse? Médicos britânicos indicam mel no lugar de remédios

Ele é docinho, custa pouco e dispensa receita médica

Publicado em 24 de setembro de 2018 às 11:20

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Mel é cicatrizante, laxante e energético. E tem ainda propriedades antibacterianas. (Reprodução)

Está com aquela tosse? Tome mel. Parece um daqueles conselhos de avó. Pode até ser. Mas acho que você deveria levar mais a sério. O mel pode ser a salvação para esse problema chato que às vezes demora a ir embora.

Ele é docinho, custa pouco e dispensa receita médica. A recomendação, aliás, vem dos próprios médicos. Autoridades britânicas da área da saúde estão indicando mel para tratar a maior parte dos casos de tosse, no lugar de remédios. Uma nova diretriz foi divulgada recentemente no país com o intuito de diminuir o uso indiscriminado de antibióticos.

Por aqui, a nova recomendação tem encontrado apoiadores, como a infectologista Rúbia Miossi. “Os norte-americanos já falavam muito isso, que para um caso de tosse é melhor dar qualquer terapia caseira, como um simples gargarejo com água e sal, do que iniciar antibiótico precocemente sem necessidade”, aponta. Por isso, defende a médica, tomar mel é melhor do que começar com antibiótico logo de cara.

Maioria dos casos de tosse têm a ver com quadros virais, que não melhoram com antibióticos. (Reprodução)

“Até porque, a maioria dos quadros de tosse vêm com alergias ou resfriados comuns. Podem ser infecções por vírus, algo que o antibiótico não vai resolver”, afirma Rúbia.

Pediatra e homeopata, Vera Lúcia Taqueti também costuma indicar o mel, tanto adultos quando crianças. “Ele tem uma função terapêutica comprovada. Pode diminuir a quantidade de tosses ao longo do dia, tornando-a mais branda. Pode aliviar a rouquidão, a irritabilidade”, destaca.

BACTÉRIAS

O mel, segundo ela, é cicatrizante, laxante e energético. E tem ainda propriedades antibacterianas: “Por isso, ele pode atuar na prevenção, para que uma virose não se complique, não evolua para um quadro bacteriano, por exemplo”.

Se a fórmula ainda vier com própolis, melhores serão os efeitos, de acordo com o médico e comentarista da CBN Vitória Michel Assbú. “O mel com própolis tem efeito anti-inflamatório. É como indicavam a avós. Funciona sim”, garante.

Vale dar mel até para as crianças. Mas ele não pode ser usado por menores de um ano de idade, por causa do risco de transmissão de uma doença chamada botulismo. “Quando o problema da tosse é com crianças, costumo ver pais ansiosos com tempo de duração da tosse e ficam querendo dar remédio logo para inibir essa tosse. Mas ela não melhora em uma semana. Pode levar até três semanas. É normal esse prolongamento”, observa.

O antibiótico vai entrar em cena, diz Vera Lúcia, se a tosse persistir por mais de duas ou três semanas e for acompanhada de mais sintomas. “Se a pessoa apresenta falta de ar; um cansaço maior; se a tosse estiver piorando com o tempo, em vez de melhorar; e se houver uma febre alta por mais de três dias e melhor procurar um médico para fazer esse acompanhamento”.

O uso de antibióticos, lembra a pediatra, tem como efeito colateral a proliferação de “superbactérias”. “Muita gente está usando esses medicamentos sem necessidade. Acabam ficando resistentes a eles, que não reagem mais. É preciso ter certeza de que a infecção é bacteriana para prescrever um antibiótico”, frisa ela.

 

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