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Vitória é a 2ª cidade do Brasil que mais busca doenças no Google

Vitória é a 2ª cidade do Brasil que mais busca doenças no Google

Na Capital, 59% admitiram buscar diagnósticos de doenças na internet

Publicado em 13 de outubro de 2018 às 23:53

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Mesmo sabendo dos riscos, Luckas já se automedicou e pesquisou tratamentos pela internet. ( Fernando Madeira)
Selo do 21º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. (Rede Gazeta)

Vitória é a segunda cidade do país onde há mais pessoas que admitiram fazer diagnóstico de doenças consultando a internet. A pesquisa, realizada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) apontou que 59% dos capixabas consultam sintomas pela rede.

Além disso, o levantamento revelou que 47,46% da população da Região Sudeste não procura mais a orientação médica para tratamentos com remédios. Já 40,9% tem o hábito de realizar o autodiagnostico em sites de buscas e se automedicando.

A pesquisa foi realizada com 2.090 pessoas em junho deste ano em mais de 100 municípios em todas as regiões brasileiras.

Segundo o médico Samir Tuma Junior, é interessante quando alguém em tratamento pesquisa sobre seus medicamentos e exames. “Mas quando o paciente não passa por um médico e aleatoriamente começa a pesquisar na internet sobre seu problema, isso aumenta a desinformação e gera desespero”, pondera Samir.

Alguns dos produtos indicados na internet para tratar determinadas doenças podem provocar danos ao organismo. Fitoterápicos, por exemplo, são compostos por plantas medicinais que podem ter consequências nocivas à saúde.

“É muito importante sempre ser orientado por um profissional que tenha conhecimento técnico”, reforçou Samir.

AJUDA

A administradora Livia Serra Kill, 26 anos, diz que já usou a internet para pesquisar assuntos relacionados a seus exames, mas também busca ajuda com um farmacêutico que tem na família e uma amiga médica. “Quando vejo alguma palavra diferente nos meus exames ou da minha mãe, eu pesquiso na internet por curiosidade, mas nunca tomei medicamento por conta própria”, frisa.

Já o designer de interiores Luckas Vieira, 38, afirma que consultar diagnósticos na internet o ajuda a poupar tempo e o deixa menos estressado. “Os postos de saúde e pronto-atendimentos sempre estão lotados com horas de espera”, argumenta.

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Já tive coceira nos olhos e era, aparentemente, conjuntivite. Pesquisei na internet os sintomas e tomei as precauções para amenizar a irritação

Luckas Vieira, designer de interiores
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Mesmo sabendo dos riscos, Luckas já se automedicou e pesquisou tratamentos pela internet. “Já tive coceira nos olhos e aparentemente era conjuntivite, pesquisei na internet os sintomas e tomei as precauções para amenizar a irritação nos olhos” disse.

O designer de interiores ressaltou que só fez automedicação para sintomas de conjuntivite, gripe ou dores de cabeça e que para algo além disso, sempre procurou orientação médica.

 

A PESQUISA

No Brasil

O estudo foi realizado em junho de 2018, com entrevistas com homens e mulheres e idade a partir dos 16 anos, pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ). No Brasil, 40% já fizeram ou fazem diagnóstico pela rede. Na classificação econômica, 55% das pessoas que fazem autodiagnóstico são das classes A e B e 26%, das classes D e E.

Região Sudeste

Na região, 47,46% admitiram não buscar mais orientação médica para tratamentos de saúde com remédios.

Vitória

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Na capital capixaba, 59% dos entrevistados admitiram que fazem o diagnóstico de doenças procurando sintomas pela internet. A cidade é a segunda do país onde as pessoas mais recorrem à rede para consulta de saúde. A primeira é Brasília, no Distrito Federal.

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