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O Natal deles é fazer a alegria dos outros

O Natal deles é fazer a alegria dos outros

Com a ajuda deles, a festa de muita gente ficou mais especial

Publicado em 24 de dezembro de 2018 às 01:29

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Jovens levaram presentes e atenção para idosos. (Arquivo pessoal)

O Natal é uma época cheia de simbolismos: amor, família, paz, união, harmonia... Desejos comuns a todos que comemoram essa data. Mas tem gente que não se satisfaz apenas em viver esses sentimentos e faz questão de levá-los a outras pessoas.

Eles se mobilizam, doam seu tempo, seu dinheiro, carinho, amor e tudo mais que puderem para fazer a alegria de quem anda carente no Natal.

Com essa motivação, Ana Quéren de Souza Figueiredo, 19 anos, e mais quatro colegas da faculdade foram fazer uma visita especial aos velhinhos do Asilo de Idosos de Vitória. E lá foram eles carregados de presentes e de boa vontade.

“Levamos presentes para os 68 idosos que moram lá. A assistente social havia mandado uma lista com o que cada um tinha pedido. Começamos a fazer arrecadação e a comprar outras de que o asilo precisava, como alimentos e itens de higiene”, conta Ana, que se encantou com alguns pedidos.

“Queriam vestido, caderno de desenho, relógio. Uma senhora me pediu um arco de cabelo. Outra, um brinco de pressão. Levamos ainda uma torta e batemos muito papo com eles”, cita a jovem.

O Natal de quem está internado no Hospital Evangélico, em Vila Velha, já está mais feliz este ano. Isso graças a pessoas como o artista plástico Leonardo Rapman, 28 anos, que levou um brilho diferente para o local. “Olhei o corredor e pensei: o que posso fazer aqui. E comecei a desenhar uma árvore e um sino no vidro. Gosto de fazer essas coisas no Natal. E o que posso fazer é doar meu tempo e meu talento”.

Leonardo com suas pinturas no corredor do hospital. (Divulgação/Hospital evangélico)

No dia 25, Priscila Oliveira Rocha, 34 anos, dona de um salão de beleza, vai levar a família toda, marido e dois filhos, para passar o Natal no hospital com os doentes. “Tem umas 20 pessoas envolvidas. Queremos passar a tarde lá, cantar louvores, conversar, levar um carinho e um lanche para mães que estão na maternidade. Sou uma pessoa alegre. Tenho alegria de sobra e quero dividir com mais gente”, diz ela.

Ceia natalina

O Natal chega também para quem não tem praticamente nada, nem casa, nem comida, nem família, nem emprego. Já tem pelo menos três anos que moradores de rua de Vila Velha sabem o que é uma ceia natalina. “Quando começamos a ação, em 2015, não aparecia tanta gente. Mas hoje, atraímos mais de 100 pessoas ao longo do dia. A gente se reúne e monta uma mesa de café da manhã e almoço embaixo da Terceira Ponte. Virou ponto de encontro”, conta a universitária Aline Machado, 21 anos.

Apesar de dar tanta coisa, Aline diz que são os voluntários que recebem o maior presente. “A gente recebe carinho de pessoas que a gente acha que não têm nada para oferecer. Quando você para ouvi-las, você recebe gratidão”.

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Também se sente assim a empresária Karol Gratz, 38 anos, designer de joias, quando sente que conseguiu alegrar o Natal das 130 crianças de uma associação em Vila Velha. “Dou aulas para essas crianças ao longo do ano, uma vez por semana. No Natal, mobilizo a família e os amigos para arrecadar presentes. É uma correria para conseguir atender todos os pedidos. Leio todas as cartinhas. Tem criança que pede pacotinho de bala. É gratificante demais! Não sei explicar o amor e gratidão que tenho por elas”.

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