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Meningite B: saiba tudo sobre a nova vacina

Meningite B: saiba tudo sobre a nova vacina

Antídoto contra a doença ainda não tem data para chegar

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 00:43

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Menina tomando vacina: novo imunizante poderá ser aplicado em pessoas de 10 a 25 anos. ( shutterstock)

No final do mês passado, uma nova vacina contra a meningite B teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O imunizante, chamado Trumenba, poderá ser aplicado em pessoas de 10 anos a 25 anos de idade para prevenir a doença meningocócica causada pelo sorotipo B da bactéria Neisseria meningitidis.

“Os Estados Unidos estão usando e ela foi capaz de evitar surtos entre adolescentes. É uma vacina que promete ajudar o Brasil contra uma doença grave”, diz Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). 

A doença é um processo inflamatório que atinge as meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, e pode ser causada por infecções por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. A meningite é uma doença grave e que pode levar à morte.

Em maio de 2015, foi lançada no Brasil a primeira vacina contra a meningite B, chamada Bexsero, que pode ser tomada por pessoas de 2 meses a 50 anos. Ele é oferecida apenas na rede particular ao custo que fica entre R$ 500 e R$ 700.

ESTOQUE

Apesar da aprovação, ainda não há previsão de quando a nova vacina vai começar a ser aplicada no país. Mesmo assim, a nova vacina é vista como positiva por profissionais do setor, principalmente para oferecer opções caso tenha desabastecimento de estoque, algo que já ocorreu no ano em que a vacina disponível no Brasil foi lançada.

“É sempre bom tanto para as clínicas como para os pacientes mais opções de imunizantes, já que minimiza as dificuldades de abastecimento”, afirma Sandro Artur Ostrowski, diretor da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVac).

Nos Estados Unidos e na União Europeia, mas a data para lançamento no Brasil não foi definida. “Todo novo medicamento licenciado, antes de ser comercializado, tem de ter o seu preço aprovado pelas autoridades governamentais. No Brasil, o estabelecimento de critérios para a definição dos preços dos medicamentos é de responsabilidade da Câmara de Regulação de Mercado de Medicamento (CMED), um órgão interministerial. De acordo com a legislação, o preço do medicamento inovador deve ter como referência o menor preço internacional entre uma cesta específica de países (tais como Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Espanha e Estados Unidos). Com base nessa análise, os órgãos competentes decidem o valor final, já com as taxações necessárias. Apenas após essa definição é que o produto poderá ser comercializado no Brasil”, explica Márjori Dulcine, diretora médica da Pfizer.

Segundo a Pfizer, fabricante do imunizante, duas doses com um intervalo mínimo de seis meses entre elas.

PREDOMINÂNCIA

Segundo o Ministério da Saúde, desde 2007, o sorogrupo C é o predominante do Brasil e, desde 2010, houve a opção de utilizar a vacina contra esse tipo no país. “Em 2017, dos 1.138 casos de doença meningocócica registrados, 145 foram do subtipo B”, diz o ministério. Ainda não há pedido de incorporação da vacina no SUS.

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“Em termos de país, a melhor escolha é fazer a vacinação do tipo C. É claro que a gente quer que o SUS passe a vacinar contra o tipo B, mas tem vários fatores na saúde pública que vão nortear essas determinações, inclusive, ter a vacina, porque precisa ter a quantidade suficiente”, avalia Isabella. (Estadão)

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