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Dia dos Pais: eles se apaixonaram pela paternidade

Dia dos Pais: eles se apaixonaram pela paternidade

No dia deles, fomos atrás dos papais que se encantaram pela paternidade, não importa a idade

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 04:15

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O advogado Álvaro de Andrade Bermudes, de 41 anos, é pai de Luiz Felipe, de 10 anos; Gabriel, de 7 anos; e João Paulo, de 5 anos. A cada ida à maternidade com a esposa, Cláudia, ele teve uma experiência (maravilhosa!) diferente. Hoje, depois de alguma expertise em se tratando de ser pai, ele consegue até tempo para fazer o que fazia antes da paternidade e brinca: “É que tudo gira em torno deles”.

O advogado Álvaro Luiz de Andrade Bermudes com os filhos, Luiz Felipe Silveira Bermudes (10), Gabriel Silveira Bermudes (7) e João Paulo Silveira Bermudes (5). (Carlos Alberto Silva)

Ele transferiu a parte administrativa de seu escritório de advocacia para a própria casa e, com isso, buscou ficar mais tempo com os pequenos. “Todos eles estudam e fazem algum esporte. Então transferir o escritório foi uma forma de ficar mais presente na vida deles e da minha esposa. Posso ajudar mais na criação, nos estudos em casa e nas tarefas domésticas. E não me arrependo de ter tomado essa decisão”, completa.

No entanto, para ele, não foi só a rotina que mudou. Apesar de ter planejado ser pai dos dois primeiros filhos e ter sido “abençoado” - como ele mesmo diz – com o terceiro, o dia a dia da família foi se adaptando à nova realidade e às prioridades, o que refletiu até em coisas que ele jamais imaginaria que passaria: “Nunca me imaginei nervoso assistindo uma partida de campeonato de futebol sub-07. Quase um infarto (risos). Também assisto à final do campeonato de natação torcendo como se meu coração fosse parar de bater. Essas emoções me fazem muito bem, pois me permitem, além de ficar junto deles, incentivar cada passo em suas caminhadas”.

ANOS DEPOIS...

Os filhos de Álvaro vão crescer e seguir os ensinamentos que ganham dos pais. Mas a relação entre os quatro não deve mudar muito mas, pelo contrário, será cada vez mais recíproca.

Prova disso é a forma como o administrador e servidor público Fábio Permuy, de 55 anos, se relaciona com a filha Lorena, de 31 anos, que já é médica, trabalha, e mora fora da casa dos pais há alguns anos. “Mas a relação sempre foi muito próxima e sempre será. Sempre fui protetor, também, e sempre serei. Não em questão de ser egoísta, mas de cuidar, querer saber como ela está e ajudá-la no que puder”, diz.

O administrador e servidor público Fábio Permuy e sua filha, a médica Lorena Permuy. (Vitor Jubini)

Quando nasceu, a pequenina Lorena não havia sido planejada, o que, no fim, não mudou em nada na criação da moça. Filha única, os pais da médica sempre priorizaram a educação e ela também foi instruída a ser independente.

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Por isso que falo que quando ela (Lorena) saiu de casa a relação não mudou. O que eu peço para ela é que sempre me fale como ela está, se está tudo certo, se está viva (risos), porque a preocupação é eterna

Fábio Permuy, administrador e servidor público
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EDSON MUDOU DE PROFISSÃO PARA SE DEDICAR MAIS À FILHA

O motorista de aplicativo Edson Costa, de 56 anos, também viu vantagem em ajustar as horas de trabalho à criação da filha, Isabella, de 7 anos. Ele, que é solteiro e teve sua segunda filha aos 49 anos, divide a guarda da menina com a mãe da criança, mas de forma amigável. Eles dividem custos e nem tiveram que recorrer à Justiça para acertar tudo. “Eu era gerente de uma loja de departamento. Há uns quatro meses virei motorista de aplicativo e vi que eu ia conseguir participar muito mais da vida da Isabella. Que eu ia ter mais qualidade de vida e poderia vê-la crescer de perto”, garante.

Atualmente, ele se dá ao luxo de ir às apresentações que a menininha faz no balé e também às reuniões da escola. “Durante a semana ela tem os dias que fica comigo e os dias que fica com a mãe. Mas nós moramos perto, então também estamos sempre nos vendo”, completa.

Edson Costa e a filha, Isabella: sempre juntos nas horas livres. (Arquivo pessoal)

Edson passou a separar a rotina assim: trabalho, Isabella e depois mais Isabella. “Eu estudo com ela, também, e é uma coisa que eu jamais me vi vendo. Já tenho um filho mais velho, o Lucas, de 29 anos, que é engenheiro e mora em Minas Gerais, mas a segunda paternidade trouxe tanta alegria quanto a primeira”, relata. “Na hora você fica alegre igual. E foi uma surpresa, porque eu já não esperava, aos 49 anos, ser mais pai”, conclui.

PSICÓLOGA: AVALIAR AS MUDANÇAS

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A paternidade é um processo. Nasce uma série de responsabilidades com o filho, então há uma mudança nessas pessoas. E se esses pais entram realmente na função, há uma alteração voltada necessariamente para a criança, que é um ser dependente. A mudança ser saudável ou não depende de uma série de fatores. A gente sabe que não dá para ser pai sozinho, por exemplo. Para essa criança existir e esses pais existirem, precisa de uma rede ampla de apoio. Não é saudável quando alguém cumpre essa função sozinha ou então tem uma dificuldade de se estabelecer com esse novo ser.É uma fase difícil porque é nova, você está começando a entender seu filho, começa a entender as necessidades dele, então automaticamente há uma série de alterações para pai e mãe. São variáveis infinitas

Sara Casteluber, psicóloga
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