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Surto e estoque baixo já fazem governo buscar vacina de sarampo no exterior

Surto e estoque baixo já fazem governo buscar vacina de sarampo no exterior

A Grande Vitória tem dois casos de suspeita de sarampo

Publicado em 7 de agosto de 2019 às 15:15

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Vacina para Sarampo. . (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Com estoques limitados, o Ministério da Saúde iniciou busca no mercado internacional para compra de vacina contra sarampo. Diante da explosão de casos em São Paulo e com receio de que o quadro se replique em outros pontos do País, a pasta procura alternativas para eventual aumento expressivo da demanda. Uma das possibilidades é usar quantitativo que havia sido reservado para uma campanha de multivacinação, programada para este semestre.

"A Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) também já se prontificou a ofertar vacinas, caso seja necessário", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson Kleber de Oliveira. "A preparação para compra seria para um cenário mais complexo. Os Estados estão abastecidos e orientados a seguir as condutas." Mas depois completou: "Não adianta todos quererem vacinar todo mundo."

Até 31 de julho, foram registrados 967 casos confirmados de sarampo e a capital concentra 80% dos registros, segundo a Secretaria da Saúde paulista. O ministério considera ainda que Rio, Bahia e Pará estão com surto. Infecções confirmadas antes de maio não são mais incluídas no boletim oficial. A pasta afirma que, com longo período sem casos novos, nesses locais a transmissão foi interrompida.

Para frear a expansão da doença, campanhas voltadas a crianças e jovens adultos em São Paulo foram organizadas, incluindo postos volantes. O ministério emitiu ainda recomendação ampliando a indicação de vacina nos casos de bebês que viajam a áreas de risco para sarampo. Tradicionalmente, a primeira dose do imunizante é dada quando a criança faz 1 ano. No informe da pasta, a indicação é de que nos casos de viagem a dose seja dada já aos 6 meses. Há grande número de bebês menores de 1 ano infectados.

Para Oliveira, isso se deve, sobretudo, ao fato de as mães desses bebês não terem sido imunizadas e, assim, não passarem os anticorpos da doença para o bebê na amamentação. Pela lista do ministério, 37 cidades de São Paulo, Pará, Bahia e Rio são consideradas de risco. A vacinação deve ser feita até 15 dias antes da viagem e não dispensa a aplicação das duas doses tradicionais, aos 12 e aos 15 meses.

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Mensalmente, o ministério encaminha para Estados 2,5 milhões de doses da vacina. Diante da expansão de casos em São Paulo, foram encaminhadas 4,3 milhões de imunizantes para o Estado. Desde 10 de junho, 902,2 mil pessoas de 15 a 29 anos foram imunizados. A meta é vacinar 4,4 milhões até dia 16.

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