Entrevistas
ESPÍRITO SANTO
Chuva: prejuízos com hortaliças e de R$ 20 milhões em Santa Teresa
Dados do Incaper mostram perdas na área rural do Espírito Santo com as chuvas intensas. Federação fala sobre impacto para agricultores

As chuvas no Espírito Santo, ao longo dos últimos dias, também impactam para o setor da produção agrícola do Estado. Entre os impactos estão a dificuldade no escoamento dessa produção, tendo como cenário o comprometimento de estradas, e os prejuízos no transporte de hortaliças. Em entrevista à Rádio CBN Vitória, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (FAES), Júlio Rocha, explica que produtores rurais tiveram sítios invadidos pela água e agricultores chegaram a perder quase toda a lavoura na região Serrana.
Ele diz que houve prejuízos principalmente no transporte de hortaliças, que não chegaram às Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES). Os municípios mais afetados foram Marechal Floriano, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina. Com as vias liberadas, os agricultores conseguem transportar seus produtos com mais facilidade. Ouça:
Áreas de cultivo ficaram debaixo d’água: pastagens e plantações foram alagadas. Em Viana, campos destinados à pecuária (leite e corte) e ao cultivo de palmito pupunha e de banana, situados nas regiões do Rio Jucu e na baixada do Rio Formate, foram afetados. A chuva excessiva favorece o aparecimento de pragas e doenças nas plantações. Nestes casos, o agricultor deve procurar o Escritório Local de Desenvolvimento Rural (ELDR) do Incaper no município onde fica sua propriedade.
Em Santa Teresa, estima-se que o prejuízo ultrapasse R$ 20 milhões. Plantações de café, olerícolas, frutas e a bovinocultura foram afetadas, além de outras culturas. Em Cariacica, uma propriedade que cultiva peixe em cativeiro perdeu cerca de 50% da produção de tilápia. Houve perda de lavouras de hortaliças nas regiões de Cachoeirinha e Nova Campo Grande. Carreadores de banana foram destruídos na comunidade rural de Roda D’Água. Várias barreiras caíram por todo o Estado, o que gera também prejuízos ambientais.