Ensinando coreografias, capixaba ultrapassa 140 milhões de visualizações do Youtube
Camila Carmona é de Guarapari e tem um dos canais de coreografias de maior sucesso do Brasil

Sem apoio financeiro e com a câmera de um celular, a professora de dança Camila Carmona, de Guarapari, na Região Metropolitana de Vitória, é hoje um dos grandes sucessos da internet no ramo da coreografia. Ensinando passos de músicas conhecidas, seu canal no Youtube alcançou, em março, a marca de 1 milhão de inscritos e mais de 148 milhões de visualizações.
Há três anos, quando criou o canal "Camila Carmona", a youtuber capixaba nem imaginava que seus vídeos chegariam a tantos seguidores no Brasil e no mundo inteiro. "Quando chegamos em um milhão, pensei que antes não me via como Youtuber. Comecei através de uma brincadeira. Já era professora de dança e gravei algumas aulas. Não sabia nem editar direito, os primeiros vídeos eram bem amadores", conta Camila, que tem 22 anos.
No canal, a jovem mostra passos de músicas famosas, dando destaque para o Funk. Atualmente, ela atualiza o Youtube duas vezes por semana com novas coreografias. O primeiro sucesso veio ainda em 2014, em julho, com um vídeo sobre os movimentos de "Tô pro crime", do MC Duduzinho, hoje com quatro milhões de visualizações.
"A partir dali, passei a investir mais no canal, enxergando nele uma vitrine para exibir meu trabalho. Focamos muito no ritmo do funk, com coreografias suaves. O funk é o que mais toca, apesar de algumas pessoas não gostarem. Trazemos uma coreografia mais leve", explica a capixaba.
Atualmente, ela atualiza o canal duas vezes por semana, com outros seis dançarinos de sua companhia de dança. A coreografia com maior número de visualizações até então é a música "Bumbum Granada", dos Mcs Zaac e Jerry: quase 11 milhões de internautas já viram o vídeo na web.
Segundo a professora, o canal hoje é o terceiro maior do país no ramo, atrás apenas das páginas do professor Daniel Saboia e do portal Fit Dance. Apesar de toda a repercussão, Camila revela que o canal praticamente não traz retorno financeiro porque as músicas têm direitos autorais.
"O retorno que a gente tem é o carinho dos fãs e a visibilidade do nosso trabalho, com convites para abertura de shows. Ficamos muito gratos com a forma com que as pessoas nos tratam", agradece a dançarina capixaba.