Vitor Kley lança EP homônimo produzido por Rick Bonadio
Esse é o terceiro trabalho do músico gaúcho, que já soltou outros dois trabalhos, sendo um deles produzido pelo regueiro Armandinho
Foi num bate-papo com o produtor musical Rick Bonadio que o nome de Vitor Kley pintou pela primeira vez nestas páginas. Na oportunidade, pedimos ao produtor – que acabava de lançar a autobiografia “Rick Bonadio – 30 anos de Música” – que indicasse quais eram suas novas apostas musicais; um dos nomes era o de Kley.

Com apenas 22 anos, o gaúcho é uma das apostas de Rick, tanto que o celebrado produtor assina a produção e a direção artística das sete faixas do EP do músico. “Ele é um cara sensacional", responde Vitor, orgulhoso de ter trabalhado com o responsável pelo sucesso de bandas como Mamonas Assassinas e Charlie Brown Jr..
O EP homônimo chega quatro anos depois do segundo trabalho de Vitor: “Luz a Brilhar” (2013), produzido pelo regueiro Armandinho. Batizado de “Eclipse Solar”, o primeiro disco do músico foi lançado em 2009. À época, Vitor tinha apenas 14 anos.
O disco
Apesar de curto (o EP não tem mais que 23 minutos), o trabalho transborda versatilidade. Uma característica que tem a ver, segundo ele, com a sua formação musical. “Sempre escutei de tudo. Minha família ouvia Beatles e Supertramp. Por escutar muita música americana e britânica, acabei pegando essa levada...”, diz ele que atualmente escuta os trabalhos de Ed Sheeran, Bruno Mars e Oasis.
O trampo tem início com “Armas ao Nosso Favor”, que surfa na onda do reggae good vibe do ex-produtor e padrinho musical Armandinho.
Nela, Kley faz uma espécie de apelo: “Chega de morte/Chega de guerra/Chega de problema nessa grande esfera”, entoa.
Na sequência, a batida segue com a radiofônica “A Noite Cai”. Com uma estrutura ancorada no violão, a música vai crescendo até chegar num refrão que se divide entre frescor pop e o clima dançante.
Clima dançante, inclusive, que está presente na faixa “Já Era” – que tem em seu DNA uma levada funk (influência de Bruno Mars?) cheia de sintetizadores oitentistas.
No fim de tudo, a versatilidade do EP funciona bem. As faixas conectam-se entre si. E mais: elas nos indicam, de certa maneira, os inúmeros caminhos que Vitor Kley, ao lado de Rick Bonadio, poderá seguir nos próximos trabalhos.
Se essa trajetória será exitosa ou não, nós não sabemos. Bonadio, pelo menos, espera que seja.