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Após participar do carnaval de Recife, Luli Ramalho relança EP

Após participar do carnaval de Recife, Luli Ramalho relança EP

Cantora capixaba esbanja referências genuinamente locais em sua música

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 22:13

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Carimbó, frevo, baião, coco, congo, maracatu e cacuriá são apenas alguns dos gêneros musicais e expressões artísticas genuinamente brasileiras que permeiam a vida da capixaba Luli Ramalho. A cantora acaba de relançar seu EP, “Tradição Brasileira”, e se prepara para montar o espetáculo de mesmo nome, em que reúne e apresenta 15 faixas diversas de ritmos brasileiros.

Nascida no Espírito Santo, Luli cresceu em um ambiente musical, já que o pai, pernambucano arretado, era sanfoneiro. Por anos, a cantora chegou a formar um grupo de chorinho e forró com o patriarca e os irmãos, mas de maneira bem informal.

“Depois que meu pai morreu, em 2009, pedi demissão do trabalho e passei a me dedicar a estudar e pesquisar elementos da cultura popular brasileira. Cheguei a trabalhar com Ariano Suassuna, no Recife, e depois passei uma temporada na França, onde senti muita falta da nossa tropicalidade e da música brasileira”, conta.

Ao voltar para o Brasil, não teve dúvidas: concluiu que a maior riqueza do país, além do sol, era mesmo a diversidade musical e cultural. Quis, então, se dedicar exclusivamente à música, e montou o espetáculo “Frevo e Ciranda”, em homenagem a Capiba, ilustre compositor pernambucano de frevo.

“Durante o espetáculo, dava uma aula sobre ritmos brasileiros, especialmente o frevo. Numa dessas, conheci o maestro Antonio Nóbrega e o maestro Spok, de quem fiquei muito amiga. Eu já conhecida o trabalho de ambos, por ter sido uma das coisas que meu pai me apresentou ainda em vida”, relata Luli, ainda filha de mãe paraibana.

Depois disso, a capixaba quis ir ainda mais longe. Foi quando começou a reunir as referências e a planejar “Tradição Brasileira”, em que interpreta canções de ícones como Pinduca e Alceu Valença, por exemplo. Entre a gravação do EP e o início de sua divulgação, Luli precisou de um tempo, por conta de um problema de saúde da mãe.

Retorno

A volta definitiva com o projeto se deu no último carnaval, quando a cantora foi a Recife a convite do maestro Spok e da cantora Nena Queiroga (considerada a rainha do carnaval de Pernambuco), para cumprir agenda durante a folia de Momo. “Era um sonho para mim. Conheci Nena durante uma festa, onde ela me viu cantando e me fez o convite. Topei e fui, fiz dois shows por dia e ainda fui convidada para outros trabalhos. Foi uma experiência ímpar”, diz Luli, que começou a carreira durante um Festival de Forró, em Itaúnas, ainda em 2001.

Agora a artista se prepara para a captação de patrocínio para finalizar os ajustes da turnê, prevista para começar até o mês de junho. O EP será distribuído gratuitamente. Além de Vitória, a artista espera passar por São Paulo, Rio, Belém, São Luís, Florianópolis e Recife. A agenda e outras informações são publicadas nas redes sociais de Luli.

Na próxima semana, ainda será gravado o videoclipe de “Sinhá Pureza”, no Projeto Tamar, em Vitória. A mídia terá a participação de diversos outros artistas locais e deve ser lançada antes do início da programação dos shows.

A cantora, que se inspira em nomes que vão de Jackson do Pandeiro a Alceu Valença, passando por Oswaldinho do Acordeon e Chico César, também promete participação nos grandiosos eventos de São João, no Nordeste, no meio do ano. “Quero muito cumprir essa agenda, porque recebi convites para rodar o interior de Pernambuco”, confidencia.

Tradição Brasileira. Luli Ramalho. Independente, 3 faixas. Disponível no YouTube e, em breve, no Spotify. Distribuição gratuita nos shows da cantora.

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