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Wanderléa traz 'musical com nível de Broadway' a Vila Velha

Wanderléa traz "musical com nível de Broadway" a Vila Velha

Cantora, que faz três entradas no espetáculo, remonta à época em que ela imperava na Jovem Guarda

Publicado em 18 de maio de 2018 às 20:52

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"60! Década de Arromba - Doc. Musical". com Wanderléa, chega a Vila Velha. (Caio Gallucci)

Uma vez ela falou que a música é seu amor e que ninguém iria separá-la dessa vida. Agora ela vem dizendo "olá" para o Espírito Santo e vai ser recebida com todo o carinho do mundo – igual às memórias alegres que ela tem do Estado, com lembranças de momentos que viveu em Guarapari. A letra adaptada de "Ternura", um dos maiores sucessos de Wanderléa até hoje, traduz bem ao que ela virá a Vila Velha, nesta sexta-feira (25) e domingo (27) com seu primeiro musical, "60! Década de Arromba – Doc. Musical".

Wanderléa. (Caio Gallucci)

A eterna Ternurinha é protagonista principal do musical-documentário roteirizado por Marcos Nauer e dirigido por Frederico Reder. "Ele (o musical) conta muito dos anos 60. De acontecimentos do Brasil e do mundo, tudo o que aconteceu de importante", adianta Wanderléa, em entrevista ao Gazeta Online.

A cantora, sucesso da Jovem Guarda, também lembra dos sucessos que a cultura produziu nesse período. "Os anos 60 foram ricos em acontecimentos culturais. Então, o espetáculo, com todo o cuidado, remonta a essa época inclusive com um painel de led que complementa a atuação de mais de 20 atores envolvidos com o show", detalha.

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É impressionante ver que a música está presente na memória das pessoas

Wanderléa, cantora
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A essa altura da carreira, Wanderléa, que também já lançou sua autobiografia "Foi Assim", em 2017, surge no palco com uma vitalidade que qualquer jovem de 18 anos chega a invejar. Mas, para ela, o segredo é gostar daquilo que se faz. "O palco é a minha aeróbica", conta, às gargalhadas, quando perguntada de como ela consegue toda essa energia. "Eu procuro me preparar, fazer meus alongamentos em casa... Tudo isso para fazer bonito na hora do espetáculo. Me alimento da forma mais saudável... Mas a minha fonte é a alegria de, hoje, fazer o que eu gosto", arrebata.

Ao todo, são 64 pessoas que trabalham diretamente com o espetáculo incluindo a filha da cantora Jadde Salim. "Ela é uma das atrizes", conta, com entusiasmo. "O musical também traz a música no Brasil desde o início da MPB, passando pela bossa nova, naquele nascer musical intenso da época. Ele retrata tudo o que fizemos naquele momento", conta ela, que faz três entradas durante a apresentação que dura, aproximadamente, 180 minutos.

Com nível de Broadway, como a própria Wanderléa diz, a estrutura do show é carregada por três caminhões de 11 metros.

JOVEM GUARDA ESTÁ NA MEMÓRIA DO PÚBLICO

Para ela, o mais gratificante é ver como os anos 60 ficaram marcados na mente de quem os viveu – e de quem não viveu, também. "É impressionante ver que a música está presente na memória das pessoas", conta ela, que não consegue dizer se há um marco dessa época que mais ficou marcado na memória. "O público se identifica muito, é a coisa mais linda de ver. E é isso que me gratifica mais, que me faz continuar... A receptividade de quem me assiste é impressionante. E no Espírito Santo não vai ser diferente", brinca.

Wanderléa, que participou do cruzeiro de Roberto Carlos no fim do ano passado e cantou para os embarcados no cais do navio, segue com suas apresentações. E é justamente por isso que ela ficou receosa em aceitar fazer seu primeiro musical do alto de seus 71 anos. "Nada foi ideia minha. Tudo foi do diretor e do produtor. Eles ficaram por um ano me convencendo a fazer o musical. Eu não queria porque achei que fosse me prender muito, mas insistiram e eu topei. E o melhor é que a experiência está sendo maravilhosa", afirma.

A cantora comenta que, depois que chegaram à conclusão de que seria um documentário musical, ela ficou mais aberta à possibilidade. "Quando percebi que eu interpretaria  a mim mesma, comecei a ver com outros olhos”, dispara.

De acordo com ela, o segundo capítulo da história foi o medo do período da temporada, que, inicialmente seria feita apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo. "Depois, fomos expandindo e, nisso, estamos há quase dois anos com sucesso absoluto. Não esperava que fosse esse sucesso todo, essa repercussão”, contrapõe.

"Estou acostumada com meus shows, que eu faço com a minha banda, ao meu modo, e que nunca deixei de fazer. Mas musical montado, assim, eu nunca havia feito. Os jovens que participam são ótimos, criamos uma relação de amizade muito gostosa", reitera. "Quando terminar, eu vou ficar com saudade dessa grande família que a gente formou", completa.

WANDERLÉA GANHOU MÚSICA DE ERASMO APÓS MUSICAL

Depois de assistir ao musical, Erasmo Carlos, nome emblemático da música brasileira, fruto do sucesso da Jovem Guarda, presenteou Wanderléa com uma música. "Não só ele, vários outros artistas se inspiraram e me mandaram de presente músicas que eles mesmos escreveram. Por isso, já estou programando, para quando acabar a temporada do musical, de fazer gravar um CD com essas canções", adianta. A de Erasmo foi chamada por ele de "Menina dos Olhos".

SERVIÇO

"60! Década de Arromba – Doc. Musical"

Quando: 25 e 27 de maio (sexta-feira, com abertura dos portões às 19h30, e domingo, com abertura dos portões às 17h)

Onde: Espaço Patrick Ribeiro, na Área de Eventos Shopping Vila Velha (Av. Luciano das Neves, 2.418)

Ingressos: R$ 150 (cadeira diamante, inteira); R$ 120 (cadeira ouro, inteira); R$ 80 (cadeira prata, inteira); R$ 50 (cadeira bronze, inteira)

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