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Espetáculo de dança homenageia jornalista Maria Nilce, em Itaguaçu

Espetáculo de dança homenageia jornalista Maria Nilce, em Itaguaçu

"Poison" revela peculiaridades da vida da jornalista no palco. Espetáculo será apresentado neste sábado (9)

Publicado em 6 de junho de 2018 às 20:36

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Espetáculo de dança "Poison" mostra as peculiaridades da vida de Maria Nilce Magalhães, assassinada em 1989. (Divulgação/Daiana Rocha )

Assassinada em Vitória, em 5 de julho de 1989, a colunista social Maria Nilce Magalhães volta a ser assunto na mídia. Desta vez, não pela tragédia, mas para uma homenagem. Trechos de sua história, incluindo a morte, serão apresentados no espetáculo de dança contemporânea "Poison", neste sábado (9), às 19h30, no Teatro Municipal Geraldo Cestari, em Itaguaçu. A entrada é gratuita.

Peculiaridades da vida da colunista serão mostradas no palco. Inclusive, o nome do espetáculo é uma referência ao perfume preferido de Maria Nilce. 

Com designer de luz concebido por André Estefson, o espetáculo levará o público a mergulhar na intimidade, devaneios, introspecções, o amor e a família da homenageada. "Já na primeira coreografia, que representa a crueldade de sua morte, a luz se apresenta como um elemento imprescindível que aproxima e afasta o espectador da cena, que oculta e revela. Seguindo assim por todo espetáculo, em uma iluminação que expõe minuciosos detalhes de uma rotina de vida intensa e instigante que não costumamos presenciar. Beleza e violência são as palavras-chave que traçam a dramaturgia de iluminação pensada por mim para a composição de Poison", destaca André Estefson.

Espetáculo de dança "Poison" mostra as peculiaridades da vida de Maria Nilce Magalhães, assassinada em 1989. (Divulgação/Daiana Rocha )

Inspirado no livro "Eu, Maria Nilce" e também com base em conversas com amigos e familiares de Maria Nilce Magalhães, o espetáculo é um mergulho no passado da jornalista através da dança, que escancara aos olhos do espectador como foi a vida dessa mulher. "Construímos um perfil baseado nas nossas percepções a cerca da mulher e profissional Maria Nilce", declara o produtor cultural Artênio Dutra, idealizador de "Poison".

"Fomos em busca de detalhes e ficamos totalmente encantados com a ousadia dela, que teve uma presença marcante na sociedade capixaba", completa Artênio.

Poison tem direção geral de Karla Ferreira Pinto, direção artística e supervisão de dramaturgia assinada por Eliane Miranda, direção coreográfica de Patricia Miranda e idealização e concepção de Artênio Dutra. Conta ainda com a colaboração de Rubens Rocha (meitre em ballet e ensaiador), Lygia Machado (assistente de produção), Anderson Bardôt (trilha sonora), André e Juliano Ferreira Pinto (cenário).

OFICINA DE DANÇA

No dia da apresentação de Poison, às 16 horas, a bailarina e bacharel em dança Eliane Miranda vai ministrar, gratuitamente, uma oficina de dança contemporânea voltada para alunos de escolas de dança, professores e alunos de escolas do Ensino Médio. Os interessados devem se inscrever na hora.

O CASO

Maria Nilce Magalhães foi executada a tiros ao chegar com a filha Milla a uma academia de ginástica na Praia do Canto, em 5 de julho de 1989.  A colunista social e proprietária do Jornal da Cidade tentou fugir dos dois homens que a abordaram, mas foi perseguida e morta quando tentava entrar num ônibus.

Para a polícia, na época do crime, a vítima foi morta por vingança, pois sabia quem eram as pessoas ligadas ao crime organizado no Espírito Santo e fazia críticas na coluna que escrevia no Jornal da Cidade. Seis pessoas foram indiciadas e um empresário foi apontado como o mandante do crime.

Um pistoleiro, um dos executores do crime, morreu na cadeia em 1992. Em 2012, o empresário apontado como mandante foi julgado e condenado a 13 anos de prisão. O piloto que deu fuga aos assassinos foi condenado a nove anos. 

Serviço

Espetáculo de dança contemporânea "Poison"

Quando: sábado (9), às 19h30

Onde: Teatro Municipal Geraldo Cestari, em Itaguaçu

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Entrada gratuita

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