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'Os Incríveis 2' é tão essencial quanto o filme original

"Os Incríveis 2" é tão essencial quanto o filme original

A família Pêra está de volta após 14 anos para novas e adoráveis aventuras

Publicado em 29 de junho de 2018 às 22:06

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A família Pêra está de volta para salvar o dia. (Disney/Divulgação)

Quando Brad Bird lançou “Os Incríveis”, em 2004, tudo era mato. Bem... talvez não fosse assim, mas o universo dos super-heróis no cinema ainda caminhava. A Marvel Studios ainda estava a quatro anos do lançamento de seu primeiro filme e “Batman Begins” só chegaria no ano seguinte. A única referência de sucesso recente eram os dois primeiros “X-Men”, de Bryan Singer, e os quase já distantes “Batman” de Tim Burton.

Justamente por isso Brad Bird e a Pixar criaram seu próprio mundo de heróis – nada de universo compartilhado, figuras conhecidas, pegada sombria... “Os Incríveis” conseguia ser um filme quase perfeito ao misturar drama familiar, aventura e muito humor. Uma fórmula que influenciou o hoje consolidado Universo Cinematográfico Marvel desde seu início. Uma continuação foi a princípio descartada pela Pixar, que sempre foi resistente à ideia de sequências para seus filmes, mas aí veio a compra pela Disney e, claro, uma mudança de estratégia comercial. Mas será que a família Pêra ainda se sairia bem após 14 anos de ausência e com os cinemas entupidos de filmes de heróis?

“Os Incríveis 2”, em cartaz desde a última quinta-feira, é a resposta a esse questionamento. A nova aventura tem início pouco dos acontecimentos do fim do primeiro filme. Os heróis continuam sendo proibidos e Beto e Helena, assim como seus filhos Flecha e Violeta, têm que voltar à rotina de uma família comum, sem heroísmo ou grandes aventuras. Isso muda com a aparição de um excêntrico milionário que tem um plano para mudar a opinião pública sobre os heróis com uma série de missões.

FAMÍLIA

Quando Helena é escolhida para as primeiras missões, Beto tem que ficar em casa e lidar com os filhos. Neste momento o filme inverte os (já bem ultrapassados) papéis tradicionais da família e não tem medo conferir protagonismo a Helena, a Mulher-Elástica. Não que a vida de Beto em casa seja muito fácil com a adolescência de Violeta, a matemática de Flecha e o festival de poderes do pequeno Zezé, que ganha até um nêmesis no roteiro.

Neste momento o filme se separa em duas frentes: a aventura, com Helena enfrentando um novo vilão, o Hipnotizador, e a fofura, com Beto descobrindo os poderes de Zezé. Ambas funcionam muito bem e equilibram o roteiro antes que ele faça todos se cruzarem novamente.

O maior mérito de “Os Incríveis 2” é não tentar imitar ou brincar com tudo o que foi feito principalmente nos últimos 10 anos no mundo dos heróis. Como dito no início do texto, Brad Bird criou um universo próprio em 2004 e agora o expande em uma aventura que pode não ser perfeita (muito em função das motivações do vilão), mas é adorável. Um terceiro filme ainda não está em discussão, mas com certeza não reclamaremos se a Disney quiser lançá-lo.

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