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Documentário da HBO traça retrato íntimo de Robin Williams

Documentário da HBO traça retrato íntimo de Robin Williams

Filme de Marina Zenovich sobre o ator, morto em 2014, aos 63 anos, estreia dia 16 nos EUA e será visto no Brasil em agosto

Publicado em 9 de julho de 2018 às 19:28

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Robin Williams é o narrador do filme de Marina Zenovich - "Robin Williams: Come inside my mind" -, por meio de áudios de entrevistas feitas com ele. (Mark Sennet / Divulgação)

O envolvimento de Robin Williams com álcool e drogas, a luta contra a depressão e os problemas neurológicos (ele sofria de um tipo de demência, descoberta em 2013, que causava a degeneração progressiva do cérebro), além de sua trágica morte (o ator se suicidou, em 2014, aos 63 anos), não ficaram de fora do documentário produzido pela HBO sobre o astro. Mas a diretora Marina Zenovich, especialista em produções biográficas, como "Polanski: procurado e desejado" (2008), conta que estava muito mais preocupada em retratar de forma positiva, e até mesmo afetiva, a vida e a trajetória profissional do ator dos filmes "Sociedade dos poetas mortos" (1989), "O pescador de ilusões" (1991) e "Uma babá quase perfeita" (1993).

"Eu quis celebrar esse cara, honrá-lo, fazer as pessoas rirem com suas histórias. Claro que questões como o suicídio são mencionadas nos depoimentos das pessoas que entrevistei, mas não abordo em detalhes o que aconteceu", explica a diretora, em entrevista por telefone.

Exibido no festival de Sundance no início deste ano, o documentário "Robin Williams: Come inside my mind" se propõe ainda a ser um retrato bastante íntimo do artista. O filme reúne imagens de arquivo inéditas de sua carreira e da vida privada. Com estreia marcada para o dia 16 nos Estados Unidos, ele chega ao Brasil no dia 6 de agosto, às 22h, na HBO.

"Eu queria que a voz de Robin estive bastante presente no filme. Além de ser um ator fantástico, era um comediante maravilhoso. Procurei mostrá-lo de uma forma que não víamos normalmente. E tentei equilibrar seus dois lados: o cara divertido que era nos palcos e, ao mesmo tempo, alguém mais calmo e quieto nos bastidores. Mostro toda a sua energia, seu raciocínio rápido, e sua performance única", observa a diretora.

O documentário segue uma ordem cronológica, destacando os tempos do ator como estudante, os shows no circuito de stand-up comedy, a chegada da fama com os primeiros trabalhos na televisão e no cinema, e os inúmeros problemas pessoais -- o próprio Williams falou, em entrevistas, sobre a dependência de cocaína e álcool, em alguns períodos de sua vida.

A produção recorda ainda a juventude do artista, em São Francisco, o período como aluno da Juilliard (escola de música e artes cênicas , em Nova York), e as diferentes fases de sua carreira.

O ator e amigo Steve Martin é uma das personalidades que relembram como o artista se comportava de forma distinta no palco e fora dele. Ao longo de "Robin Williams: Come inside my mind", parentes, amigos e profissionais que conviveram com o ator em sets de filmagem ajudam a traçar um retrato do biografado.

"Tentamos buscar pessoas que pudessem contribuir da melhor forma para o perfil de Robin. Billy Crystal, por exemplo, conta histórias da época em que ele cursou a Juilliard School (no início da década de 1970). Foi um período muito importante, quando ele se deu conta de sua criatividade e passou a se ver como artista", conta Marina.

Nomes como Eric Idle, Whoopi Goldberg, David Letterman e Steve Martin também foram entrevistados pela diretora. O documentário traz, ainda, depoimento de Zak Williams, filho do ator.

Robin Williams. (Divulgação)

Nascido em Chigado, Robin Williams começou na TV em 1977, quando participou de vários episódios do programa "The Richard Pryor show". Após ficar conhecido na TV no fim dos anos 1970 como o Monk da série "Happy days", o ator também ingressou no cinema. Seu primeiro papel foi o do marinheiro Popeye, protagonista do filme homônimo, lançado em 1980.

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Indicado quatro vezes ao Oscar, atuou em mais de 60 longas. Além das comédias que marcaram sua trajetória, trabalhou em dramas como "Bom dia, Vietnã" (1987), "Tempo de despertar" (1990), e "Gênio indomável", que lhe rendeu a estatueta de melhor ator coadjuvante na premiação de 1998.

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