No próximo dia 20 de julho, o clássico Duro de Matar, de John McTiernan, celebra 30 anos desde sua estreia no circuito comercial. Responsável por alavancar Bruce Willis ao status de herói de ação, o filme colocava um homem simples um policial, mas ainda assim um sujeito comum na extrema situação de ter que salvar sua esposa e outras pessoas de uma situação com terroristas e reféns no Nakatomi Plaza.
Coincidência ou não, estreou ontem Arranha-Céu, que recebeu o péssimo subtítulo Coragem Sem Limite por aqui. No filme, o astro Dwayne The Rock Johnson empresta seu carisma e seus músculos a Will Sawyer, um ex-especialista em situações com reféns, que é contratado para cuidar da segurança do maior prédio do mundo. Aproveitando o passeio até Hong Kong, Will leva sua esposa, vivida por Neve Campbell, e os filhos.
Acontece que um grupo de terroristas ocupa o prédio com a família de Will lá dentro. Ele, então, vai fazer de tudo para salvá-los. Ah... o roteiro ainda tem um pequeno detalhe: o herói tem uma perna mecânica.
DURO DE MATAR
As comparações com o clássico estrelado por Bruce Willis param na premissa. Duro de Matar era ao menos calcado na realidade por isso dói assistir a John McClane pisando em cacos de vidro. Arranha-céu, por sua vez, deixa a realidade de lado no melhor estilo Velozes e Furiosos.
O filme dirigido e escrito por Rawson Marshall Thurber (Uma Família do Bagulho) exige que o espectador compre a ideia de que tudo é possível para seu protagonista, uma vez que Will é incansável e, bem... talvez The Rock seja mesmo capaz de fazer essas coisas. Vai saber.
O diretor faz bom uso da verticalidade de seu cenário o que funciona ainda melhor em uma sessão 3D e faz questão de lembrar o público, a todo momento, a dimensão do prédio.
Outro ponto que conta a favor do filme é que ele não coloca Sarah (Neve Campbell) no papel de mocinha em perigo; sua personagem bota a mão na massa e toma o controle da situação à sua maneira nem as crianças, normalmente irritantes e caça-bandidos nesse tipo de narrativa, são subestimadas.
Arranha-Céu, no fim, não é um novo Duro de Matar ou nem mesmo Inferno na Torre, mas também não tenta ser. O filme abusa do carisma de Dwayne Johnson e de uma ação absurda para oferecer puro entretenimento para o espectador.
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