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'Good Girls' adiciona humor à fórmula de 'Breaking Bad'

"Good Girls" adiciona humor à fórmula de "Breaking Bad"

Série traz três amigas que, desesperadas, decidem assaltar um mercado local

Publicado em 17 de julho de 2018 às 23:40

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Série acompanha amigas que são levadas a atos desesperados. (Netflix/Divulgação)

essoas comuns levadas a situações normalmente rendem boas premissas na cultura pop – “Breaking Bad” talvez seja o exemplo mais recente de uma fórmula que sempre trouxe bons resultados.

Em “Good Girls”, disponível na Netflix desde a última semana, Beth (Christina Hendrick) é uma dona de casa suburbana com problemas no casamento; Annie (Mae Whitman), uma mãe solteira que se vira para cuidar da filha, Sadie; enquanto Ruby (Retta) não sabe o que fazer para resolver o problema de saúde da filha – três amigas que, em tempos de desespero, acabam tomando uma medida desesperada – assaltar um mercado local.

Tudo isso, vale ressaltar, acontece nos primeiros minutos do primeiro episódio. Daí em diante o trio tem que lidar com as consequências da escolha – ninguém, afinal, acreditou que seria fácil.

Embora a comparação mais fácil seja com “Desperate Housewives”, a série lembra muito mais a já citada “Breaking Bad” e também “The Shield”, tramas nas quais os protagonistas tiveram que lidar o tempo todo com as crescentes consequências de seus atos.

HUMOR

Apesar das comparações com duas séries “sisudas”, “Good Girls” traz um roteiro muito bem-humorado e com boas reviravoltas. A sensação de que nada está resolvido e tudo sempre pode piorar é uma constante até mesmo nos momentos em que a série parece ter se resolvido.

Com 10 episódios de cerca de 40 minutos cada em sua primeira temporada (um segundo ano já está confirmado), a série não perde o fôlego e nem gasta tempo enrolando o espectador. Os arcos se resolvem aos poucos, mas sempre deixando uma brecha para o próximo.

A trama não muito original é compensada por uma entrega do elenco e pelo talento das atrizes principais. É interessante, por exemplo, ver a transformação das três protagonistas e o inevitável mergulho delas no mundo do crime. O elenco de apoio, por sua vez, garante bons momentos e boas risadas, mas acertadamente não tem arcos próprios que desviem a atenção do que realmente interessa.

GIRL POWER

 

“Good Girls” vem na onda de filmes e séries protagonizadas por mulheres badasses e ainda ganha credibilidade em suas situações absurdas por não escalar atrizes modelos ou rostos tão conhecidos do público – o texto, vale lembrar, traz quatro mulheres com problemas reais.

Algo que poderia afastar o público brasileiro (mas provavelmente não vai) é a ambientação 100% americana. As referências do roteiro, o humor e as situações da trama se distanciam bastante da realidade brasileira, mas não deve incomodar quem já está acostumado a consumir esse tipo de conteúdo.

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“Good Girls”, no fim, é uma série daquelas que funciona como um ótimo passatempo, uma trama boa para ser maratonada e que garante boas risadas – não vai mudar a vida de ninguém, mas pode deixar um dia mais leve.

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