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Roberto Carlos roqueiro em versões que vão do punk ao metal

Roberto Carlos roqueiro em versões que vão do punk ao metal

Dudu Braga, filho do Rei, comanda o projeto RC Na Veia, que resgata a fase roqueira do pai com um grande time de convidados

Publicado em 24 de julho de 2018 às 22:14

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Conhecido em vários cantos do país pelas palestras que ministra, há alguns anos Dudu Braga teve uma ideia para torná-las ainda mais atrativas. Além de palestrante, Dudu é baterista e produtor musical, e resolveu incluir músicas do pai, Roberto Carlos, no encerramento dos debates.

Dudu já finalizava as palestras com uma releitura de “É Preciso Saber Viver”. No primeiro momento, pensou em tocar apenas mais cinco ou seis músicas do Rei repaginadas, como uma brincadeira, algo informal. Depois de colocada em prática, a ideia deu tão certo que resultou em um show completo com a banda RC Na Veia.

Depois de quatro anos de shows em homenagem a Roberto, Dudu acaba de lançar com a banda o DVD de mesmo nome. No projeto “RC Na Veia”, a banda toca 17 músicas em versões diferentes que vão do punk rock ao metal.

“O projeto teve origem antes da Copa do Mundo no Brasil, em 2014. Fiz uma seleção de 40 músicas, separei as que eu queria muito tocar e mandei o resto para a banda avaliar. Foi bem democrático, um processo muito bacana”, conta Dudu, muito animado, em entrevista por telefone ao C2.

O baterista conta que quis fazer um trabalho que fosse totalmente inédito. O fato de os companheiros de banda serem totalmente “virgens em relação a Roberto Carlos”, como Dudu diz, também ajudou no processo. Da brincadeira, o quarteto, formado ainda por Alex Capela (vocal), Juninho Chrispim (baixo) e Alex Miyata (guitarra), deu voz a grandes canções como “Eu Sou Terrível”, “Ciúme de Você” e “As Flores do Jardim de Nossa Casa” (feita em homenagem a Dudu).

Toni Garrido (Cidade Negra), Digão (Raimundos), Andreas Kisser (Sepultura) e Rogério Flausino (Jota Quest), além do próprio Roberto Carlos, marcam presença na mídia. Kisser, por exemplo, surge na boa releitura de “Além do Horizonte”.

“A ideia não era fazer uma releitura da época de Jovem Guarda, de que inclusive eu gosto bastante. O Miyata, que chamo de nosso maestro, foi quem fez os novos arranjos. É um cara que escuta Pantera, é muito do metal. O Juninho também tem essa influência. Eu mesmo ouvi Led Zeppelin a vida inteira. A ideia era fazer essa mistura”, ressalta Dudu.

O projeto não podia ter dado mais certo: teve o aval do Rei, que não fez uma ressalva sequer no trabalho da banda. Roberto topou, inclusive, participar das novas versões de “Se Você Pensa” e de “É Preciso Saber Viver”.

Dudu garante que a intenção não foi atingir novos públicos com o trabalho, mas que isso acaba sendo uma consequência natural do projeto. “Uma coisa foi levando a outra. Era apenas para finalizar a palestra e terminou com um DVD por conta da receptividade”, diz.

Agora, ele e a banda cumprem agenda de shows em São Paulo e no Rio, e aguardam convites para tocarem na terra natal do lendário cantor.

“Quase tocamos duas vezes em Cachoeiro, mas não chegou a rolar. Temos muita vontade de tocar no Espírito Santo, seria uma emoção enorme”, conclui.

SERVIÇO

RC Na Veia

Sony, 17 faixas

Quanto: R$ 24,90

Disponível nas plataformas de streaming

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