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'Abrindo o Armário' estreia para discutir conquistas e avanços

"Abrindo o Armário" estreia para discutir conquistas e avanços

Filme reúne histórias e conquistas do movimento gay através de 16 personagens

Publicado em 14 de agosto de 2018 às 22:13

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“Quanto mais trouxermos isso para discussão, melhor. Não quero pregar para convertido. Quero que essa questão seja geral, e que as pessoas possam entender que a comunidade gay não está pleiteando nada além do seu direito”, diz, logo de cara, o diretor Dario Menezes, um dos responsáveis pelo documentário “Abrindo o Armário”, que estreia nesta quinta-feira (16), no Cinemark Vitória.

O filme traz um apanhado de diferentes visões, histórias, processos de libertação e conquistas do movimento gay no Brasil desde a década de 1970. A questão central abordada é o debate acerca da intolerância, tanto no passado, quanto na atualidade.

“Eu quis contar a história da minha geração. Tenho 70 anos e queria contar como foi desde os remotos anos 1970 até os dias de hoje, falar de alguns problemas, algumas dificuldades permanentes na vida dos gays”, diz Dario Menezes, que assina a direção com Luis Abramo.

Para traçar essa “linha do tempo”, foram selecionadas 16 histórias, todas contadas em primeira pessoa, pelas próprias figuras. Entre os entrevistados, estão nomes como João Silvério Trevisan, que assumiu-se homossexual à época do AI-5 e tornou-se uma das figuras mais relevantes do movimento gay brasileiro; a cantora Linn da Quebrada; e o campeão de games e atleta de esporte eletrônico de alta performance Gabriel “Kami” Santos.

“Fui pensando em personagens de faixas etárias diferentes, mas que pudessem narrar problemas pelos quais eu também tinha passado: violência policial, preconceito social, enfim”, conta Dario, que chegou a ser expulso pela polícia de pistas de dança de boatea “caretas” no início da década de 1970.

Para o diretor, o maior desafio, tanto em relação ao documentário, quanto em relação à vida em sociedade, continua sendo a busca por respeito. Menezes lembra que a cada 19h uma pessoa homossexual é assassinada no país.

“Com o documentário, buscamos universalizar e consolidar os avanços da comunidade. Não quis que esse material ficasse em ‘guetos gays’, mas sim que chegasse a todos os públicos, para que as pessoas que também estão ‘fora do armário’ possam ver que ali existem seres humanos com sensibilidade e que estão simplesmente querendo viver em paz e com direitos”, conclui.

Abrindo o Armário

Documentário. (Brasil, 2017. 80 minutos).

Direção: Dario Menezes e Luis Abramo.

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Exibido a partir desta quinta-feira (16), no Cinemark Vitória, sempre de segunda a sexta-feira, às 19h, com preço especial de R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia).

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