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Bixiga 70 mostra múltiplas facetas em disco recém-lançado

Bixiga 70 mostra múltiplas facetas em disco recém-lançado

"Quebra-Cabeça" reúne influências acumuladas ao longo de anos pela banda

Publicado em 10 de agosto de 2018 às 13:25

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O nome “Quebra-Cabeça” foi dado ao quarto disco de trabalho do Bixiga 70, recém-lançado, quase por acaso. Quando o ilustrador e artista gráfico Mauricio Zuffo Kuhlmann (MZK), velho parceiro do grupo paulistano, entregou a arte da capa, a ideia já veio junto e de cara foi aprovada pelos nove integrantes da big band instrumental.

Mas não seria exagero dizer que o álbum soa exatamente com a junção de ótimas peças, pinçadas pelo grupo nos três últimos anos, durante a centena de shows e de experiências acumuladas ao redor do mundo. Foram apresentações em importantes festivais, dos Estados Unidos à Nova Zelândia, passando por lugares improváveis como a Índia.

Uma das principais novidades no disco é o fato de todas as faixas terem sido compostas 100% coletivamente – diferente dos dois primeiros, em que cada um trouxe composições individuais, e do terceiro, quando apenas as composições e arranjos eram coletivos. “Quebra-Cabeça” foi construído durante mais de um ano, em sessões de ensaios partidos do zero.

“Foi super difícil, na verdade, mas conquistamos isso ao longo do tempo. Hoje é mais natural, não tem muita regra. Às vezes o ponto de partida vem do sopro, da guitarra... Mas é algo muito nítido no nosso som, temos essa característica multifacetada, até porque cada um tem sua história musical e artística”, pondera Cuca Ferreira, responsável pelo saxofone barítono e pela flauta no grupo.

Ao longo do álbum, as fortes raízes brasileiras se misturam ao reggae, ao funk, ao soul e ao afrobeat. Em meio a acordes dançantes, guitarrinhas psicodélicas, afoxés e metais bem executados, sobrou espaço para o grupo empunhar um posicionamento político em “Primeiramente”, como é costume desde o início de sua trajetória.

O riff potente acompanhado por batidas afro-cubanas no início da canção já ganhou videoclipe (dirigido por Eliza Capai), com imagens de diferentes manifestações políticas intercaladas.

“Acreditamos que nossa música faz mais sentido quando ouvida coletivamente. Apesar de não ter letra, a música tem uma mensagem forte. O clipe tem uma linguagem visual que traduz o grito dos excluídos do mundo inteiro. É interessante falar disso, porque a música instrumental é também política, e não apenas emotiva”, reforça Cuca.

Agora, o grupo segue com alguns shows pelo Brasil até outubro, quando embarca para turnê na Europa. “Dessa vez vamos chegar até a Turquia, que não conhecemos. Estamos empolgados!”, conclui.

Quebra-Cabeça

Bixiga 70. Deck, 11 faixas. Disponível nas principais plataformas de streaming.

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