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Capixabas fazem sucesso na Europa com 'Baile do GG'

Capixabas fazem sucesso na Europa com "Baile do GG"

Projeto leva funk autoral de capixabas a vários países, que se encantam com a produção do evento

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 18:40

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George Santtos e Clebinho Chagas levam o Baile do GG a países da América Latina e Europa. (Reprodução/Instagram @georgesanttosdj)

Clebinho Chagas, de 33 anos, e George Santtos, de 29, são os "GGs" do Baile do GG. Com esse projeto, os capixabas estão dominando a cena musical do funk no Brasil e no mundo. Isso porque, ainda neste ano, eles se apresentarão em outros países da América Latina e na Europa.

O evento consiste em uma mistura de humor, música e performance, chamada pelos próprios idealizadores de um show de animação. Há três anos no mercado com esse mesmo produto, eles acreditam que tudo mudou quando os próprios MCs começaram a participar da programação.

Inspirado no Baile do Dennis, que já roda o País há anos, a versão capixaba já contabiliza um CD inédito com base no que é apresentado durante os eventos. "Nós passamos a perceber que o público gostava daquilo que a gente fazia, então apostamos em músicas nossas, também, o que deu super certo", enxerga Clebinho.

Em entrevista ao Gazeta Online, o "G" de Gnomo - apelido dado em alusão à sua altura -, Clebinho, destaca que hoje, o baile, é um resultado de três anos de experiência, já que o duo foi medindo a reação do público e moldando o evento a partir desses dados:

Como vocês criaram o Baile do GG?

O baile nasceu há três anos... A gente estava vendo que o funk estava rendendo muito. Víamos o Dennis DJ e ele foi o inspirador do nosso projeto. No início, contratávamos uma série de DJs para se apresentarem. Mas aí, nós começamos a fazer umas participações e percebemos que o público estava gostando muito. Eu subia no palco, brincava... E quando via, já estava há duas horas fazendo aquilo. Percebemos que o pessoal estava curtindo esse formato mais interativo, então começamos a apostar mais na nossa parte.

. (Assessoria/Comunicação)

De início vocês já conseguiram se posicionar no mercado?

A gente ficou muito surpreso pelo momento que estávamos passando naquele início. As pessoas valorizavam muito o funk, estava uma onda muito forte. E tudo foi encaixando, porque nós também acreditamos que inovamos o evento na hora certa, com a inserção da nossa participação. O mais difícil foi vender isso para outros locais, porque nosso projeto é um show de animação, e explicar que um show de animação emplaca, tem venda, é difícil. Hoje, nosso show já ficou ainda mais encorpado, até com apresentações pirotécnicas

E não pensam em apostar no autoral?

Há dois anos, mais ou menos, vimos que o negócio estava precisando de mais música. Então, naquele momento, já começamos a pensar nisso, gravando canções nossas. Depois disso, não paramos mais de gravar. E essas músicas, que já compõem um CD disponível nas plataformas digitais, estão com milhares de visualizações e downloads

"Bumbum Trem Bala", gravado com KondZilla, é um desses sucessos...

Sim, com certeza. E o clipe também ficou muito legal, as pessoas gostaram bastante. A parte visual da música emplacou muito nas redes sociais e essa música, especificamente, tem mais de 250 mil downloads nas plataformas digitais. E acho que é um dos nossos maiores sucessos, até agora

E como ficam vocês nessa rotina de ponte aérea, agora partindo até para fora do País?

Brinco que estamos morando no Espírito Santo e em São Paulo agora (risos). Estamos com um escritório em cada lugar e tendo que dar conta de tudo. Mas está maravilhoso e dá para conciliar tudo bem. Agora nos preparamos para shows em outros países da América Latina e na Europa. Já fizemos show na Bolívia, no final de agosto deste ano, então já deu para sentir o que a galera de fora espera. Em setembro, vamos rodar o Brasil e ir até o Paraguai e Argentina, e em outubro vamos à Inglaterra, Espanha e Portugal

E como esperam que a Europa, por exemplo, recepcione o funk de vocês?

Já percebemos que os estrangeiros curtem a produção do show. Aqui no Brasil, é comum as pessoas se acabarem de dançar, mas lá fora o público fica encantado com a performance das bailarinas, com os efeitos do cenário, com o show pirotécnico. É uma visão diferente da que temos aqui no Brasil. Na Bolívia, já foi fantástico. Acho que é como se fosse uma peça, um espetáculo para eles, fora que o funk na Europa está muito em alta, né?

E já que acertaram nessa aposta, têm alguma aposta para o futuro?

Sim (risos). Agora também estamos estudando em como investir no bregafunk

E o que é bregafunk?

É um novo ritmo que, basicamente, mistura sertanejo e funk. O funk nem sempre funciona em todos os lugares, por exemplo: o funk de São Paulo não faz muito sucesso no Espírito Santo, como faz o som que é produzido no Rio. Então acho que esse bregafunk também vem para unir. E nós já estamos gravando algumas músicas nesse estilo

E existe algum artista em que vocês se inspiram hoje ou têm admiração?

Kevinho e Nego do Borel. Kevinho pelo profissionalismo. Ele leva o trabalho muito a sério, foca no canto, no trabalho dele. E Nego por ser cheio de atitude, cheio de loucura. Fora o Dennis DJ, que nos inspira desde o início

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