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'Godzilla: Cidade no Limiar da Batalha' é uma animação sem expressão

"Godzilla: Cidade no Limiar da Batalha" é uma animação sem expressão

Anime traz personagens superficiais e animação sem fluidez

Publicado em 13 de agosto de 2018 às 16:28

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Godzilla: Cidade no Limiar da Batalha. (Divulgação/Netflix)

“Godzilla: Planeta de Monstros”, lançado no primeiro semestre de 2018, é um anime que conta a história de um universo onde o Rei dos Monstros ganhou a batalha contra a humanidade, obrigando-a a se exilar no espaço. Passados 20 mil anos do ocorrido, os sobreviventes tentam uma última investida contra a criatura para reaver o planeta. Todavia, mesmo com essa premissa e um bom design, o filme sofria com grandes problemas de roteiro e animação propriamente dita.

Apesar disso, a produção deixou um bom gancho para uma sequência, e eis que alguns meses depois de o primeiro longa ter sido lançado, chega à Netflix sua continuação, chamada “Godzilla: Cidade no Limiar da Batalha”.

Infelizmente, a segunda parte da história repete os mesmos erros do original, e consegue ainda um feito que parecia ser impossível: ter um ritmo mais lento que o primeiro.

Mas o filme não é de todo ruim, é bom frisar. Dito isso, vamos começar pelos pontos positivos: o design continua inventivo, assim como o visual do monstro Godzilla, que parece em sua idealização, de fato, uma força da natureza. Outro ponto forte é a premissa da história, que continua mantendo o mínimo de interesse no espectador, e mesmo com um roteiro atroz, faz com que haja uma fagulha de curiosidade pelo desenrolar da trama.

Além disso, o longa traz de volta o visual oriundo dos games que também esteve presente no primeiro filme, deixando as cenas de ação dinâmicas, acrescido de uma boa trilha sonora, que juntos são responsáveis pela força dramática mais intensa.

DEFEITOS

 

Como nem tudo são flores, todas essas qualidades não redimem os diálogos mais artificiais e genéricos do ano até agora (lembrando que o próximo “Transformers” ainda não estreou). O roteiro é construído à base de frases de efeito que parecem ter sido copiadas dos piores filmes do Schwarzenegger.

Além disso, há ainda exposições baratas de personagens, um artifício tão pobre ao ponto deles verbalizarem até o que estão pensando, inclusive quando estão sozinhos.

Outro problema proveniente do primeiro filme é a animação digital, que não possui fluidez, trazendo movimentos robóticos e sem nenhuma expressão. Esse defeito faz dos personagens seres ainda mais antipáticos e sem nenhum carisma, o que deixa qualquer cena emocionalmente vazia.

Godzilla: Cidade no Limiar da Batalha. (Divulgação/Netflix)

“Godzilla: Cidade no Limiar da Batalha” é, portanto, um filme maçante e repleto de personagens genéricos. O que salva a produção do fracasso total é o terceiro e último ato, com cenas de ação com mais ritmo, energia e referências interessantes a outros filmes da saga e ao universo do Godzilla.

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Com tantos problemas, resta ao espectador esperar que “Godzilla: O Rei dos Monstros” (2019) faça jus a esse personagem icônico do cinema japonês, algo que esses dois longas até agora ainda não conseguiram realizar.

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