> >
Luz, câmera, paixão: jovem põe o interior capixaba nas telas de cinema

Luz, câmera, paixão: jovem põe o interior capixaba nas telas de cinema

Com um câmera na mão e o amor pelos recantos do Estado na cabeça, Léo Alves focava a cidade natal, Muqui, em suas lentes. Hoje ele expande a cena e organiza o Festival de Cinema do Interior #somoscapixabas

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 03:53

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura

Pelas ruas da histórica Muqui, no Sul do Estado, Léo Alves deu os primeiros passos na arte. Com uma pequena câmera na mão, ainda adolescente, ia  com os amigos percorrendo a cidade para registrar os recantos que inspiravam a produção artística. E já naquela época atraía plateia para seus filmes. Hoje, mesmo morando em Vitória, é responsável pelo Festival de Cinema do Interior (Fecin), que terá em 2018 a sua sétima edição, em Muqui, com a exibição de 40 produções.

É na cidade natal que Léo, 27 anos, busca referências para a criação audiovisual. Ainda que no dia a dia esteja de lá distante geograficamente, ele valoriza sua identidade construída a partir das experiências.

“Não nasci em Muqui à toa. Não quero esquecer esse histórico de realizações. Quero que as pessoas conheçam Muqui”, ressalta o jovem, acrescentando que tudo o que é produzido lá tem o envolvimento da população. “Não podemos transformar o Fecin, por exemplo, em um momento ruim para a comunidade. Tem que ser bom para todos”, pondera.

Léo Alves, produtor cultural responsável pelo Festival de Cinema do Interior. (Bernardo Coutinho)

Mas a atenção de Léo vai além dos limites de Muqui. O produtor cultural defende a necessidade de as pessoas conhecerem melhor o Espírito Santo, em especial o interior, e é por isso que um de seus projetos é levar o Fecin para outros sítios históricos. Muqui é o maior do Estado, mas ainda tem São Pedro de Itabapoana (Mimoso do Sul), Itapina (Colatina), São Mateus e Santa Leopoldina. Para tanto, espera contar com apoio do poder público e da iniciativa privada.

 

 

“Muito do que trago hoje para o audiovisual, além da minha bagagem de Muqui, é uma tentativa de reforçar a potência que a gente tem enquanto identidade do Espírito Santo. A gente tem uma diversidade muito grande que precisa ser reforçada, em qualquer forma de expressão”, ressalta Léo.

 “Penso também que o capixaba tem que se conhecer porque, quanto mais a gente se conhece, mais propriedade vai ter para defender este território tão rico”, diz.

A produção artística e esse espírito de Léo, que abraça a cultura, já foram tema de diversas reportagens em A GAZETA. Ele também é responsável pelo Cine Ema, um festival de cinema ambiental, em Burarama, Cachoeiro de Itapemirim e, além de seguir com projetos por essa área, tem em seus planos trabalhar com roteiro e produzir conteúdos para televisão, web e cinema.

Como não poderia deixar de ser, Léo valorizou outro artista de Muqui e aponta Wilson Ferreira como capixaba que merece destaque.

QUEM É WILSON FERREIRA

Nascido em Muqui, ele é múlti: publicitário, ilustrador, designer, artista plástico e professor. Mas prefere ficar longe de rótulos profissionais e se define como criativo. Estudar o vocabulário visual e explorar as possibilidades da imagem é o que mais gosta de exercer e pesquisar na pintura, na escultura, no desenho ou na fotografia.

O folclore de Muqui e a arte popular influenciam seu trabalho. Hoje, tem a galeria Art Causa, em Cachoeiro de Itapemirim, mas também circula pelo Brasil e por outros países oferecendo cursos e workshops.

Wilson Ferreira, publicitário, ilustrador, designer, artista plástico e professor. . (Divulgação)

 

 

Este vídeo pode te interessar

 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais