O cinema brasileiro pega a estrada com o projeto Revelando os Brasis. Na bagagem, histórias que se transformaram em filmes de curta-metragem produzidos pelos seus autores e pelo projeto. Criado em 2004, o Revelando os Brasis promove a inclusão e a formação audiovisuais por meio do estímulo à produção de filmes.
Até o dia 22 de outubro, um caminhão-cinema, adaptado para se transformar em cabine de projeção percorre 12 Estados (Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Paraíba, Ceará, Pará, Tocantins, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo), parando em municípios com até 20 mil habitantes para exibir sessões de cinema abertas e gratuitas em ruas e praças.
É a iniciação do audiovisual em pequenas cidades. Esse é um projeto de formação, de produção e de difusão. Hoje começa o início da terceira etapa. Nesta edição tem pessoas de aldeia quilombola, de aldeia indígena, dona de casa, estudantes... São histórias e pessoas variadas e o que elas têm em comum é que elas têm uma boa história e vontade de transformar isso em um filme, explica Beatriz Lindenberg, coordenadora do projeto.
No total, serão oito documentários, seis ficções e um filme selecionado através do Concurso Nacional de Histórias, realizado pelo projeto e direcionado aos moradores de cidades com até 20 mil habitantes. Os autores das melhores histórias passaram por uma imersão em oficinas de audiovisual no Rio de Janeiro e, após o retorno às suas cidades, aplicaram todo o aprendizado nas filmagens.
O primeiro ponto de parada é na Comunidade Quilombola de Pedra Branca, em Vargem Alta (ES). É ali que acontece o lançamento do curta-metragem A Viagem de Seu Arlindo, dirigido pela professora Sheila Altoé, uma das 15 selecionadas nesta sexta edição do projeto. A ficção é inspirada num dos relatos resgatados em rodas de contação de história envolvendo novas e antigas gerações de moradores da região.
Também do Espírito Santo, está presente nesta edição o documentário O que Resta da Imagem, com direção, roteiro e produção de Rafael Wolfgramm, de Laranja da Terra. A obra revela um pouco mais sobre o fotógrafo Francisco Seibel, que fez os primeiros registros da vida dos pomeranos no interior do Espírito Santo. Em suas seis edições, o Revelando os Brasis já produziu 195 obras, entre documentários, ficções e animação. Cada filme tem até 15 minutos de duração
Temos vários desdobramentos a partir deste projeto. É um trabalho de valorização de pessoas e das comunidades. São transformações que vão em muitas direções, às vezes pessoal e às vezes coletivo, diz Beatriz.
ROTA
Hoje
Pedra Branca/Vargem Alta (ES)
Amanhã
Vargem Alta (ES)
24 de agosto
Laranja da Terra (ES)
25 de agosto
Regência - Linhares (ES)
26 de agosto
São Mateus (ES)
29 de agosto
Urucuia (MG)
02 de setembro
Lençóis (BA)
04 de setembro
São José do Jacuípe (BA)
06 de setembro
Quebrangulo (AL)
08 de setembro
São Domingos do Cariri (PB)
10 de setembro
Icapuí (CE)
15 de setembro
Bom Jesus do Tocantins (PA)
16 de setembro
Aldeia Parkatejê Bom Jesus do Tocantins (PA)
21 de setembro
Quilombo Lagoa da Pedra Arraias (TO)
22 de setembro
Arraias (TO)
29 de setembro
Quilombo Mata Cavalo Nossa Senhora do Livramento (MT)
03 de outubro
Guarujá do Sul (SC)
05 de outubro
Antônio Prado (RS)
09 de outubro
Águas de Lindóia (SP)
11 de outubro
Barroso (MG)
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