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Série 'Os Inocentes' traz suspense sobrenatural à Netflix

Série "Os Inocentes" traz suspense sobrenatural à Netflix

Com oito episódios em sua primeira temporada, série britânica aposta em metáforas para tratar dilemas da adolescência

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 23:05

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Série "Os Inocentes". (Aimee Spinks / Netflix)

Hormônios à flor da pele, mudanças no corpo, na voz, na personalidade... A adolescência nunca foi fácil – para os próprios adolescentes e muito menos para os que o cercam –, mas é uma fase da vida pela qual todos passam. Justamente por essa universalidade, o tema é uma inesgotável fonte de ideias (e de renda) para a indústria de conteúdo.

“Os Inocentes”, apesar do tom sóbrio e do bem construído clima de suspense, ao final das contas é um drama sobrenatural que serve como uma grande e nada sutil metáfora sobre a adolescência.

Com oito episódios, a série que chega à Netflix amanhã (24) acompanha a história de Harry (Percelle Ascott) e June (Sorcha Groundsell), um casal de adolescentes que foge, no aniversário de 16 anos de June, para construir um futuro longe dos pais e dos olhares da pequena cidade em que vivem. As coisas, no entanto, passam longe de ser simples assim – a família de June guarda um segredo sobre a desaparecida mãe, Elena (Laura Birn), e esse mistério logo vai se cruzar com a aventura dos dois pombinhos.

Logo no primeiro episódio June se descobre uma metamorfa capaz de “roubar” a aparência de pessoas em que toca. Sem saber como controlar essa habilidade, a jovem segue em fuga, mas o tempo todo com o sinistro Steinar (Jóhannes Haukur Jóhannesson) em seu encalço.

Nesse tempo acompanhamos também a comunidade comandada pelo médico Halvorson (Guy Pearce), que tenta encontrar a cura para os metamorfos em um local isolado do mundo. Todos os caminhos, claro, vão se cruzar na reta final da trama.

NARRATIVA

“Os Inocentes” se constrói em cima do mistério sobre os poderes de June e a real história de sua mãe. Durante a jornada, porém, a série mistura suspense com momentos que parecem saídos de “Malhação” – e não há nada errado com isso.

Série "Os Inocentes". (Aimee Spinks / Netflix)

O texto é esperto e apresenta possibilidades bem antes de reviravoltas, de forma a construir a tensão com o que se vê em tela. As reviravoltas, se não são 100% surpreendentes, ao menos cumprem bem a função de prender o interesse do público para o próximo episódio. Além disso, toda a aura de mistério que cerca a comunidade liderada por Halvorson e o que os levou até ali serve como um incentivo para que o espectador volte à série.

“Os Inocentes”, ao fim, não é brilhante ou inovadora, mas tem o mérito de tratar os dilemas adolescentes com honestidade e sem subestimar os dramas – e a inteligência – de seu público alvo.

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