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João Moraes aposta na poesia em 'Intelectolices'

João Moraes aposta na poesia em "Intelectolices"

Terceiro livro do escritor será lançado nesta quarta (5) no centro de Vitória

Publicado em 4 de setembro de 2018 às 22:57

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Músico, escritor e poeta: João Moraes é das artes. (Pedro Mariano/Divulgação)

João Moraes é escritor, músico, cronista e agora poeta... Quer dizer, ele agora lança seu primeiro livro de poesias, “Intelectolices”, mas a poesia, segundo ele, sempre foi sua “matéria prima”.

O lançamento acontece nesta quarta (5), às 18h30, no Bar & Café Editora Cousa, no Centro. Confira abaixo o papo do autor.

“Intelectolices” é seu primeiro livro de poesia. Por que essa demora?

Poesia sempre foi minha matéria prima. O resto que faço é uma espécie de teimosia. Sempre dei vazão à minha produção poética nas letras das músicas e em infinitos guardanapos e cadernos mal organizados. Publiquei poemas avulsos também. Depois me tornei cronista – coisa que acho mais difícil que escrever poesia, mas a dificuldade é coisa pessoal, não valora o produto final – o tempo passou e aí, por incrível que pareça, comecei a postar poesias nas redes e foi isso que me trouxe a escrever de forma mais regular.

Você define “Intelectolices” como sua “fase atual”. Como assim?

É um termo que define muita coisa para mim. Privilegio formatos curtos e quase formais do poema. Demorei a achar um ritmo meu, , suprimir quase que totalmente o uso das vírgulas, sem perder a respiração ou torna-la previsível. Uso poucos recursos visuais e muitos entremeios. Um bolo sem muitos confeitos e muito recheio, penso, mas lógico que tem um certo glacê. Meu próximo disco vai ter esse nome também, pois que ele reflete um modo de fazer que engendro diariamente na atualidade. No entanto Intelectolices é coisa antiga. Um desenho de arquitetura literária cujo projeto só desenvolvi agora. Já estou com outro livro de crônicas organizado, que, aliás, tem a ver com a Gazeta. Estou buscando parceria também para uma WEB série de crônicas, imagens, poesia e filosofia popular do Espírito Santo. Quero bota isso num portal de notícias.

No lançamento você vai misturar música e poesia?

Nessa noite de quarta, durante o lançamento, vou tocar algumas intelectolomúsicas ao violão e acompanhado no baixo por meu filho Orlando. Bem. Ele não deixa de ser um poema meu com carne, sangue e cabelo. A Julia Papel, uma preciosidade musical de nosso Estado, também estará nessa celebração lítero-boêmia.

O livro é dividido por temas, capítulos... Há uma certa narrativa?

Quem o organizou assim foi meu parceiro em muitas músicas, o poeta e matemático, Jorge Petrúcio Viana, a quem pedi o luxo desse auxílio. Junto com Saulo Ribeiro, que me enche de orgulho por ser meu editor e ter me convencido a cometer o livro, Petrúcio leu e deu sentido harmônico ao que eu já tinha feito intuitivamente. Daí ele dividiu o livro em tomos que significam os motivadores das poesias.

De onde vem a sua poesia? O que te inspira?

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Quando aprendi a ler meu pai me deu um livro do Catulo da Paixão Cearense e as obras completas de Castro Alves. Antes disso, ele e minha mãe declamavam poesias de cor para os filhos. Depois fui apresentado a Augusto dos Anjos e Fernando Pessoa, Neruda e Vinicius de Moraes. Minhas leituras preferidas na infância eram a poesia e os dicionários; acho que as palavras sempre me assediaram e excitaram. E eu devolvo roubando-lhes os beijos que consigo.

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